30/09/2011

Teoria do In e do Out

Silvio Marques

Nos primeiros momentos de nossas vidas neste mundo terreno, apenas somos conduzidos (ou induzidos) pelos instintos naturais. Não temos, conscientemente, conhecimento de nada; sequer do próprio nome. Até os sentidos fundamentais do corpo só com o tempo é que vão se apurando para ter a perfeita relação com o espaço. Na medida em que o tempo vai avançando, naturalmente acumulamos mais e mais conhecimentos, os quais ficam armazenados em nossa mente como um acervo de possibilidades.

O mundo em si é uma escola. Entretanto, quando queremos adquirir conhecimentos técnicos, profissionais, históricos, etc; temos que ser matriculados em escolas específicas, universidades, centro de formação educacional, enfim, que são fontes de informação e conhecimento. Delas nos abastecemos, portanto, de cultura, saber, e também educação. Assim, com as mais diversas e devidas informações vamos melhorando a cada dia as nossas relações com o mundo, na proporção dos nossos conhecimentos.

Até aqui não há nada de extraordinário. Nada disse que pudesse servir de informação ou formação para a alguém; somos todos conscientes de que a vida se forma assim. Contudo, esta é tão somente a parte humana, a formação humana da pessoa. A questão espiritual, verdadeira razão do existir, tem outros fundamentos e “sistemas”. O aprimoramento espiritual, ao inverso do aprimoramento humano é uma ação que podemos denominar de: OUT (que sai; que vai para fora; que exterioriza); enquanto que a humana, conforme acima foi exposto, é: IN (que entra; que vem de fora).

Se Deus fez o homem à Sua Imagem e Semelhança; entendo que nada mais há a acrescentar; está perfeito e bom desde o princípio. E é Porisso que as mais diversas doutrinas religiosas usam sempre a expressão “despertar” quando se referem ao “aprimoramento” espiritual do homem. Não se pode despertar o que não existe. Somente o que já existe, ainda que adormecido, é que podemos “despertar”.

Baseados nisso é que podemos afirmar a todos os nossos irmãos, que não importa o que ele tenha sido no passado, ou mesmo que ainda esteja “acorrentado” aos descaminhos da moral e da ética no presente momento, que sempre houve e eternamente haverá o verdadeiro ser amável, bondoso e honesto dentro de si. Não há ninguém que não tenha sido criado por Deus. Somos constituídos pelos dons do Pai; com todo o bem e perfeição.

A hora é agora. Desperte o seu Eu Verdadeiro. Nenhum Filho está excluído de receber o perdão e a misericórdia do Pai. Observe a flor de lótus, tão branca, bela e perfumada. Ela nasce no “ventre” da lama; entretanto se apresenta com todo o seu esplendor, alva, límpida e admirável; ainda que o “berço” à sua volta seja a lama.

Sua essência, seja você quem for (ou o que esteja sendo), é Deus. 


Voce é Filho de Deus.

26/09/2011

A ERA DE AQUARIOS

Silvio Marques

Dizem que neste momento (Ano 2003), estamos vivenciando o princípio da Era de Aquários. Também tem sido divulgado que uma das coisas que nela mais chama a atenção e lhe dá tanta importância, é o fato de ser considerada a “Era da espiritualidade”.

Há quem entenda que isto signifique: Igrejas mais freqüentadas; que as pessoas buscarão bem mais os caminhos de Deus; que todos se amarão e se respeitarão um pouco mais estando bem próximo a fraternidade; entre outros entendimentos similares.

Também tenho esperança que sim! Entretanto, devemos considerar com boa dose de reflexão, a possibilidade, também, de que seja a Era de Novos Pensamentos; entendimentos mais apurados; reflexões mais corajosas e transcendentes das lógicas humanas, e das imposições limitadoras.

É notável, abençoado, e eu reverencio com o mais profundo respeito, o empenho dos “Mensageiros e Obreiros” das “coisas” de Deus até hoje. Mesmo porque, de certa forma também me incluo nesse grupo. Mas temos que ter a consciência e a humildade de entender que é muito pouco ainda o que assimilamos das mensagens daqueles que no passado anunciaram a Luz de Deus. Das Leis de Moisés, dos Evangelhos de Jesus; das Sutras Budistas; do Alcorão dos Muçulmanos; da Torah dos Judeus; etc.

Todo o pensamento novo, que em razão de algum fator não conseguimos apreender a sua essência, acaba por nos parecer uma utopia; uma insanidade; “coisa do diabo” como dizem alguns pouco espiritualizados. Esses fatores as vezes pode ser: ignorância religiosa, pouca espiritualidade, pouca cultura, pouca reflexão; intolerância, bloqueios, etc.

Sei que esta afirmação pode desencadear muita contrariedade em certos religiosos; mas é de minha opinião que ninguém é detentor da “coroa” da Verdade e da Justiça. Os cristãos dirão que Jesus é. Mas certamente que todos os seguidores das demais religiões também pensarão assim a respeito de seus Mensageiros. Na verdade, todos, indistintamente, somos detentores da Verdade e da Justiça, pois: Não é que fomos feitos a Imagem e Semelhança de Deus ?!

Porisso eu posso, você pode, todos podemos falar em nome da Verdade e agir em nome da Justiça Divina. Todos devemos. É nossa obrigação, é nossa missão. E o Pai agradece Jubiloso.

Infelizmente poucos fizeram assim; poucos fazemos assim. Mas isto justifica-se. Outrora nos foi ensinado, e assim ainda tem sido, que dependemos de intermediadores entre nós e O Criador. Isso fez com que cultivássemos a cultura e o hábito de buscarmos a chamada “intercessão, e somente através dela, para alcançarmos Nosso Pai ou suas Benditas Graças.

A respeito disso tenho a dizer que definitivamente não vejo meu Deus como a figura de um “Presidente”, por exemplo. Porisso mesmo não vejo a imperiosa e absoluta obrigatoriedade de me utilizar de agentes como “ministros”, “senadores”, “governadores” ou "Chefes de gabinetes" para obter a sua atenção, alcançar as Suas Glórias, Graças e Misericórdia, assim como o é nas relações humanas. Acima de tudo temos que nos conscientizar de que “Deus é Meu Pai”! Não é meu presidente, meu prefeito.

Caríssimos leitores estejam atentos para isto: meus queridos filhos, seus queridos filhos, os filhos queridos de qualquer pai que os ama de verdade, jamais necessitarão de agentes, negociadores, intercessores, etc, para promover tão sublime encontro. Desses “Santos Agentes” podemos, sim, absorver e colocar em prática suas sábias orientações ... O que não vem a ser uma intercessão; e que também não se trata de um “protocolo normativo e imprescindível”.

Não é necessário pedir audiência com Deus para amar o próximo nem agir com justiça.

Una-se ao Pai! Manifeste o Seu (o nosso) Amor e Justiça! Sentirás um mundo de Perfeita Harmonia... Pelo menos ao seu redor, no universo de seu existencial!

Nossas "relações" com Deus é simples assim. Creia! Nós somos a "igreja" de Deus!

22/09/2011

AS DORES DO PARTO



Silvio Marques
Ao completar quarenta e tres anos minha esposa estava entrando no quarto mês de sua primeira gestação. Gravidez nesta idade costuma preocupar demasiadamente as gestantes; pois existe uma antiga cultura de que é um “parto de alto risco”. Ainda que não reverencie essas crenças, ou talvez porisso mesmo, certo dia eu e ela fazíamos algumas considerações a respeito.

No meu respeitoso modo de ver os Planos de Deus e considerá-los perfeitos; acredito que se uma mulher esta propícia para a gravidez, risco não há pela vontade Dele. E minha esposa parecia entender da mesma forma ou reverenciar muito a mim. A tranqüilidade e segurança transparecia nas suas atitudes, gestos e palavras de extrema serenidade.

Em minhas considerações eu me declarava, com os argumentos acima, avesso a essa idéia de parto de alto risco em função da idade. E mais: que não aceitava, também, a idéia de parto com dor. Afinal, se Deus É Justiça e Bondade porque faria a mulher sofrer tanto para cumprir uma missão que é da natureza? Será que também as árvores, as ervas, as sementes e os animais sentem dores quando germinam ou procriam? Penso que não. E porque não? Simplesmente porque não tem mente que criam a dor e duvidem da bondade e da perfeita obra de Deus.

Entretanto, a respeito disto muitos poderão argumentar, dizendo: “Consta no Gênesis (3:16) que essa sentença foi proferida por Deus à mulher (Eva) como castigo por ter comido da árvore do conhecimento seduzida pela serpente”. Quanto a isto devemos considerar que: Primeiro - Deus não castiga ninguém. Os nossos sofrimentos e insucessos são resultados da má aplicação das Leis da Vida. Exemplo: se voce jogar uma pedra para cima e não sair de baixo será grande a possibilidade de que ela venha a cair na tua cabeça. Mas isso não seria um castigo de Deus, não é mesmo? Segundo - Porque todas as mães do mundo deveriam pagar pelo pecado de uma tal Eva? No citado livro da criação está escrito que é porque ela é a “mãe” de toda a humanidade. Mas (ainda que isto fosse verdade) não seria coerente aceitar que um Deus bondoso generalizasse e estendesse sentenças punitivas para quem não tem culpa. Qual seria a justificativa?

As respostas a estas questões estão em uma análise que transcende as doutrinas religiosas sem alterar os seus textos sagrados. É uma questão de interpretação.

Numa análise mais profunda podemos entender que Deus não se referia ao parto de uma vida humana, da multiplicação da vida para povoar a terra quando se referiu ao parto com dor. Ainda que Tenha dito: “... darás a luz filhos”.

Aproximemos um pouco mais esta questão com a nossa “lente mental” para observá-la melhor: A serpente do texto bíblico não se trata de um ofídio, um réptil, um animal propriamente dito. Ela é a representação dos desejos materiais do homem... “que rasteja no chão”... “que é da terra”, “do mundo terreno”, “desejos mundanos”. Eva (apesar disso certamente contrariar os conceitos de muitos religiosos) não se trata de uma mulher (sexo oposto do homem), nem mesmo a primeira mulher; muito menos mãe de ninguém. Ela representa naquele contexto bíblico o ser humano, o ser carnal (homem e mulher); que comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal; aquela pessoa que cria com a sua mente a idéia de que: “... isso faz mal... isso faz bem”; sem levar em consideração o Perfeito e Harmonioso Plano de Deus para todos nós. Porisso fica expulsa, distanciada deste Perfeito e Harmonioso Plano. Ou seja: O Jardim do Éden.

Sempre que nós, “Evas” do mundo inteiro, afastados da crença de que Deus é Amor, Justiça e Perfeição, duvidamos da Sua divina bondade, “geramos na mente ‘embriões’ de perigo, de medo, de insucesso, de pobreza, de doenças, etc”; que são dolorosos infortúnios na vida de cada um. Assim, o que é gerado na mente materializa-se neste mundo. Eis aí o “parto” com dor.

A minha querida esposa deu luz uma linda menina, hoje com sete anos e muito saudável; não sentiu dor nem contratempo algum.

Como vemos, todo esse conforto e sucesso foram gerados pelas nossas mentes de Fé e Amor.

19/09/2011

A "Mente" do Saara


Silvio Marques


A maioria de nós, seres pensantes, mesmo com pouco senso de observação que seja, podemos perceber a Natureza como sendo um primoroso material didático para aprimoramento de nossa alma.

Assistindo um quadro de um dos programas mais vistos no Brasil; o “Fantástico”; programa veiculado no dia 03.08.2003 denominado “O Homem e o tempo”, oportunamente pude extrair mais uma boa lição para aqueles que se consideram um irremediável desventurado, fracassado ou destituído de boa sorte.

Na reportagem uma surpreendente e curiosa revelação me chamou atenção:

Disse o repórter ___ “Nos céus do Deserto do Saara há mais água do que nos céus de certas cidades européias onde chove quase todos os dias. A razão de não acontecerem as precipitações de chuvas no citado deserto são as condições climáticas. No Saara não tem umidade; o clima é totalmente seco. ___ Este foi parte do texto da matéria.

Bem sabemos que para que caia chuva em determinado lugar, antes é preciso que haja evaporação; depois é formada a condensação, e só então acontecem as precipitações de chuvas; as quais são geralmente consideradas preciosas dádivas de Deus. Principalmente para quem cultiva a terra.
  
Podemos concluir então que: No presente caso é fato cientifico que existe a provisão abundante de água nos céus do deserto; mas que depende exclusivamente da “contrapartida”; dependem de certas “ações” do beneficiário (no caso, o próprio deserto) para recebê-la com fartura.

Assim também é o homem com relação as dádivas infinitas de Deus. Onde há um coração seco, sem gratidão, sem boas intenções, certamente não haverá a emissão (evaporação) de ondas de Amor que sintonizam (condensam) com as ondas da salvação e da misericórdia divina, para receber as Suas Benditas Graças (chuvas).

Porém, assim como o deserto não precisa pedir ou implorar que caia chuvas no seu solo; também o homem não precisa implorar coisa alguma a Deus.

Assim como bastaria ao Saara “deixar” de ser tão seco transformando-se num ambiente de promissora “umidade”, também basta ao homem transformar-se num ser amoroso; com um coração de generosidade e alegria, para transformar o seu ambiente numa abundante “lavoura” de Vida, fartura, e alegria.
Deserto do Saara


Os “céus” de nossa vida já são fartos de graças pela providência divina!

Oremos, então assim, Irmão!

Oh, Pai!
Quanta misericórdia Tu És!
Perdoe por ter se esquecido da Sua Bendita Onipresença no profundo de minha alma, hoje e por toda a eternidade.
Perdoe por ter se esquecido que meu próprio ser é solo de Seu infinito Amor! 
Agora despertei!
Sinto que em minha própria alma já existe todos os “passos e elementos” para que eu possa fazer, enfim, a “dança das chuvas”!

Obrigado, Oh, Pai! Muito Obrigado!

15/09/2011

Droga

Silvio Marques

Neste site: www.lume1.hpg.ig.com.br (já extinto), para o qual tive a satisfação de escrever, buscávamos, sempre abraçados ao bom senso e ao que consideramos saudável, digno e honroso; servir, conforme o próprio nome se anunciava, como um ponto de luz e benção na vida de nossos irmãos.

Em cumprimento disto, e que considerávamos uma missão, o titular desta página eletrônica (um professor de nível secundário) me pediu certa vez para que escrevesse algo sobre as drogas. No primeiro momento não tive nenhuma impulsão, nenhum desejo de fazê-lo. Mas na segunda vez em que ele me consultou sobre o antes solicitado, prometi que o faria. Como não sou de fazer promessas vãs, me ajeitei para cumpri-la.

Aconteceu que, por mais que pensasse a respeito, só me vinha na mente as coisas que eu já havia lido por aí. Portanto, nada de novo para dizer sobre tão importante e polêmico assunto.

Com exceção dos traficantes, quando alguém se propõe a falar sobre as drogas faz com o propósito de alertar quanto ao perigo de seu consumo. E eu não poderia ser diferente. Mas quanto a isto quase tudo já foi dito; e eu não encontrava esse ponto além do quase.

Felizmente não tive o meu tempo perdido. Mergulhado nesta intensa reflexão pude observar que muito já se ouviu, e proporcionalmente já foram divulgados, das impressões e depoimentos de dependentes; de seus sofridos familiares; de traficantes; de autoridades policiais e jurídicas; psicólogos; líderes religiosos; etc. Aparentemente todos já se pronunciaram; todas as “partes” já foram ouvidas detalhadamente, à exaustão. Um trabalho social que jamais deverá cessar.

Em dado momento desta minha reflexão, porém, algo soou como uma “voz” em meus “ouvidos” dizendo com extrema sinceridade e calma; e também denotando alguma mágoa:

Um momento, por favor!___ “disse-me a voz” ___ Nem todos já foram ouvidos! Eu nunca me pronunciei a respeito! No entanto já fui julgada, condenada, e apontada como nocivo à sociedade! O que parece é que sou eu quem não presto!” ____ e continuou:

Devo lembrar que eu nunca saltei na boca, no nariz, ou nas mãos de ninguém! Nunca propaguei meus dons; muito menos prometi euforia ou quaisquer outras sensações!” ____ e disse altiva ____ “Também sou parte da natureza; e como tal também sou criatura divina! Eu nada posso de mim mesmo; muito menos à vida! Os meus dons verdadeiros, razão da minha existência, são outros; e a cada dia se descobrem mais, e mais benefícios de mim”!

Como uma criação divina, não vim para destruir; mas para salvar vidas e amenizar dores! Porém, não me consumindo da forma equivocada como tem sido feito!”

E para os usuários ela estendeu, em especial, a palavra:

Sou constituído pela vida de Deus, como você! Quando a depressão ou mesmo uma leve sensação de descontentamento ou desconforto lhe envolve os sentidos após fazer uso de mim, nada mais são do que as reações de algumas substancias que produzo e que são subproduto da minha tristeza e piedade, e que representa a própria tristeza de Deus e de todos que te amam!”

Não sou eu que lhe causo euforia alguma! Se tivesse tal poder reagiria igualmente num cadáver! Para aquele que deseja ardentemente tal sensação, qualquer “bosta de égua' resolve"!

Fui amaldiçoada em função de teus prazeres! Sou a 'cabra expiatória' das tuas fraquezas! Porisso eu te repudio como freguês! Pois você é que é o algoz de mim"!

Se ando triste em função das calúnias a mim dirigidas; muito mais triste fico por ver, impotente, a tua desgraça!” ____ E piedosamente dá-lhes o perdão abençoando:

Você é filho de Deus! Abençoado, sempre, e desde o princípio como eu! Não permita que façam mal juízo de você; principalmente que te façam mal uso!”

Amem!”

Eu sou aquela a quem chamam de “droga”!

12/09/2011

UMA MENSAGEM DO LIVRO DE JÓ

Silvio Marques

Tive a felicidade de ter feito a leitura do Livro de Jó quando ainda não tinha nenhuma idéia conclusiva a respeito do mesmo; o que me proporcionou uma leitura interessante e destituída de interferências prepostas.
No princípio da narrativa (capitulo um) são exaltadas as virtudes e riqueza de Jó: “... homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.”
Nestas primeiras linhas observa-se com muita clareza que o personagem em questão era homem de boa índole “... íntegro, reto, e se desviava do mal” (ao contrario de seus filhos e filhas). Entretanto, a julgar pela exposição do texto, não tive a mesma clareza de que se tratava de um homem de verdadeira fé.
Era da cultura da época (e ainda nos dias de hoje tem sido cultuada) usar a expressão “temente a Deus” para aquelas pessoas que observavam as orientações dos profetas ou da igreja. Isso porque, na doutrina divulgada haviam claras ameaças (e ainda há) para os que descumpriam os mandamentos, como se fossem “castigos” de Deus (cap.5, vers.17 deste livro).
Existem, é bem verdade, algumas traduções que se utilizam da expressão “disciplinamento” em substituição a “castigos”. Mas ainda assim dá a idéia de punição. Assim sendo, podemos concluir que o interesse pelas coisas relativas a Deus não era um exercício de amor, devoção e gratidão ao Pai Criador. Era mais uma imposição inconsciente do medo pelo castigo, do que uma dedicação incondicional de fé. Temiam-se, portanto, aos castigos.
E assim se projetou na vida de Jó. Desgraças de toda sorte caíram-lhe sobre a “cabeça”. No entanto, excetuando-se as mortes de seus filhos que, como seres pensantes e almas distintas atraíram por si mesmos semelhantes destinos; todos os terríveis infortúnios que o atingiram estão justificados em seu próprio lamento no capítulo 3 versículo 25, pois, que lhe foram a causa. Disse Jó “... porque o que eu temia me veio; e o que receava me aconteceu”. Ora! Se ele receava e temia; em que consistia a sua fé senão na própria desgraça?
Há uma Lei mental na cultura oriental (do budismo) que diz: “Manifesta aquilo que esta projetado na mente”.  E isto está bem de acordo com o ensinamento de Cristo que diz: “Seja-te feito conforme credes.”
Mas Jó, após muitos lamentos e blasfemias, cai em si arrependido ao ouvir as palavras dos amigos (Elifas, Bildade, Zofar e Eliú)(que neste contexto encenaram os papeis de verdadeiros anjos) e da ação providencial do Espírito Santo, que fez nele despertar o verdadeiro Filho de Deus.
Quantos “Jós” estão ainda entre nós vivendo os seus infortúnios, sem deixar penetrar os suaves “sussurros” do Pai, através de seus parentes e amigos mais próximos, bem como de abençoados missionários?
Deus nos fala através de nossa própria inspiração, porisso se diz: suave sussurro. Mas, observando-se os exemplos de nossos parentes, amigos ou pessoas mais próximas com as quais mais convivemos, ou ainda, através de publicações literárias ou de pregações de iluminados missionários, podemos dizer que a mensagem do Pai veio “à cavalo”. Esta expressão, aliás, muito utilizada nos tempos de Jesus, pode ser entendida como sendo: rapidinho, mais depressa, muito breve. Isso porque, o “veiculo” mais veloz naquela época era mesmo o cavalo. Hoje poderíamos dizer que as mensagens do Pai vem “à internet”; “ao telefone”; etc.
De qualquer forma, o que devemos é ter Fé! Não ter medo! Se tenho medo é prova clara de que não tenho fé! Deus é Cem por cento; não é cinqüenta! “Não resistais ao mal” é a mensagem para isto.
Creia somente no Bem que é Deus! Deus é o Bem Absoluto!
Creia, Filho, e seja bem vindo ao Céu!

05/09/2011

À Cesar o que é de Deus


Silvio Marques
Todas as pessoas tendem a separar as coisas espirituais das coisas materiais. Ainda que muitos não dêem a menor “bola” para as coisas do espírito, fazem automaticamente essa distinção. Essa tendência mostra que a humanidade nasce e vive se vendo matéria. Alguns até entendem que somente após a morte nos tornaremos espíritos.
Jesus disse: “A César o que é de César... a Deus o que é de Deus”. Ou seja: “ao rei material o que é do rei material, e ao “Rei” espiritual o que é do Rei espiritual”. Não obstante, isso não representa uma recomendação para que vivamos a matéria dissociada do espírito. Ainda que vivendo na matéria, somos seres essencialmente espirituais, já, no presente momento, no agora eterno. Portanto, não precisamos separar a todo tempo o material do celestial. Ainda porque, quem separa (ou ajunta) é o espírito. Mesmo que não possamos dar a Deus o que é de César (matéria), podemos dar a César (ao mundo) o que é de Deus. Amor. Isto é o que é de Deus. E não há nenhuma possibilidade, nenhuma situação em que não se deva dar amor. Nenhuma ação pode ficar “separada” do amor. Se você tiver de executar uma ação, qualquer que seja, onde não possa envolver o amor, não a realize. Despreze-a. Não haverá de ter nenhuma serventia para Deus. E poderá determinar a sua desgraça.
Quando falamos em Amor, devemos sempre substanciá-lo com outros sentimentos que com ele se consolidam. O sentimento de Justiça, de Solidariedade, de Fraternidade, de Compreensão e Honestidade; são alguns sentimentos da “receita” com que se concretiza o Bem, e que incorporam o Amor.
Se alguém não concorda que deva colocar Amor nas relações do dia a dia; pois que não coloque. Se não concorda que deva colocá-Lo nas relações pessoais, sociais, comerciais, profissionais, por não achar que seja compatível; que não o faça. Este será o seu pecado e a sua ruína.
Geralmente os homens declinam do convite: “Vá; venda tudo que tem; distribua entre os pobres e me segue”.
Nesta passagem bíblica dos evangelhos de Cristo, ele desejava aquele rico jovem como mais um de seus missionários. E estes chamamentos não são por acaso. Certamente Jesus viu naquele homem um brilho que só os mais elevados têm. Pediu que o acompanhasse porque precisava dele em presença (fisicamente) para construir a sua obra. E para isto era necessário desfazer-se literalmente de seus comprometimentos em nome da missão. Entretanto essa situação foi específica para aquela pessoa. Não é preciso entregar tudo o que temos conseguido para servir a Deus. Mais que isto: não é preciso entregar nada. Mas é absolutamente necessário segui-lo.
A propósito disso, quero esclarecer que não estou arregimentado homens para Jesus (ou para mim); mas sim, sugerindo que a humanidade ame mais. O mundo precisa de mais amor.
Embora já tenham sido gastos oceanos de tintas anunciando, argumentando, contra-argumentando as “coisas” de Deus; as doutrinas, suas linhas filosóficas, seus deuses e anunciadores; penso que os autores, pelos séculos de argumentos contraditórios entre si, acima de tudo têm proporcionado ao mundo uma grande confusão, e que só faz aumentar.
As pessoas têm perdido muito tempo para identificar “a boa” palavra, a “verdadeira”. E a conseqüência disto é o prolongamento de seus sofrimentos; e o atraso no desenvolvimento do espírito; a ignorância espiritual em que o povo vive.
Na verdade, tanto esse povo quanto alguns autores ainda não compreenderam que “o Verdadeiro”, o Divino está em cada um. É particular. É individual. É interior. Se cada um ouvir o que vem de dentro, automaticamente poderá expulsar o que veio de fora e, enfim, se encontrar.  Por isso Jesus disse: “... ao orar, entre em seu quarto (volte para dentro de si) feche a porta e ore”.
Muitos já foram seduzidos pelos ouvidos, e o “reino” que encontraram foi uma lamentável decepção. Por isso, desconfiados e em nome da prudência hoje vivem “de banca em banca”, de “árvore em árvore” buscando o fruto prometido. Mas como não despertaram; como ainda não observaram que quem identifica um fruto bom é o próprio paladar imanente no seu ser, acabam se deixando seduzir pelos “mercadores”. Mercadores, sim, porque os fiéis são vistos muitas vezes apenas como “clientes” pelos religiosos. Não são vistos como seres a serem despertos para o divino, alvos de nosso amor. Haja vista que muitas organizações religiosas exigem rigorosamente “o imposto de Deus” (o dízimo). Entretanto, e nem com tanta veemência, apenas insinuam “o tempo de Deus”. O tempo para se dedicar “as coisas” de Deus é dízimo também. O tempo para Deus são os momentos dedicados aos estudos; é a dedicação ao conhecimento e a viver os ensinamentos cotidianamente.
Porque não é exigido com o mesmo rigor das ofertas financeiras duas horas e quarenta minutos diários para dedicação ao aprimoramento? É dez por cento também.
A oferta é um indício de amor a Deus, sim; mas quando ofertado por sincera gratidão. Identifique o Amor; eleja-o já, como sua “igreja”, sua “doutrina”, sua oferta. O Amor é a salvação. Não é o dízimo.

Aceite então este convite “Vá; venda tudo que tem; distribua entre os pobres e me segue”, com um novo entendimento:

” = pelo mundo afora, no seu dia a dia;
Venda tudo o que têm;= anuncie, publique os dons que lhe foram dados por Deus;
e distribua...” = ame ao próximo e ao mundo em todos os seus atos;
“... entre os pobres... = aos que ainda não despertaram para o amor;
“... e me segue” = siga o Amor, o Bem.

O amor oferecido vinte e quatro horas diariamente é o Dízimo Pleno. Dêem isto ao mundo e o Reino se apresentará... Sem Ritos... Sem batismos... Sem formalidades... E sem mestres. Pois o Amor é que é o Mestre... E que é o próprio Reino.

01/09/2011

Sobre o Aspecto Alimentar

Silvio Marques

As porções alimentares que tomamos diariamente têm a Vida de Deus em cada uma de suas partículas. Toda a energia que são delas extraídas pelo organismo é a própria Vida de Deus que nos dá vida. É Por isso que dizemos que elas nos alimentam, não é assim?

Se não houvesse a presença de Deus, não haveria a presença de elementos nutritivos inerentes aos organismos vivos. Por esta razão devemos invariavelmente privilegiar os alimentos naturais. Entretanto, temos o mau hábito de nos alimentar viajando distraidamente no puro gozo proporcionado pelo paladar. Somos tão irreverentes e mal acostumados neste ato, que, inconscientemente nos alimentamos quase que totalmente com o objetivo de atender as necessidades do prazer de comer. Quando a fome anuncia a necessidade de nos alimentar, instintivamente traduzimos este alerta como sendo a “hora do prazer da gula”; e não como sendo a hora de abastecermos o nosso corpo com as essenciais substancias nutritivas. Esta, a verdadeira necessidade.

Eu, particularmente, vejo reverentemente os alimentos como sendo a presença de “Deus Vida”; e não como sendo a presença de “deus gostoso”.

O prazer de comer não é o objetivo das refeições. O prazer é tão somente o estímulo, o incentivo; tal qual o gozo sexual o é para a multiplicação das espécies.

Vendo com este aspecto sinto o quanto é sublime e generoso o projeto de criação de Deus.

Pensando bem, sendo a alimentação um expediente estabelecido com o único objetivo de manter o corpo saudável, e não um anseio da mente (prazer), não acredito que alguém da nossa espécie, que observa esta conceituação, possa ultrapassar o que pensa ser o seu peso ideal. Estar acima do peso pode ser um indicativo de se estar sobrepondo o prazer mental, à necessidade nutricional.

Entretanto, isto não quer dizer que devemos anular o prazer de comer. A fome por si só não desperta o prazer de degustar, que é diferente da necessidade de comer. O aroma conta; a aparência conta, atrai; e é bênção de Deus. Ao sentir o perfume característico dos alimentos, o paladar desperta; e neste momento é iniciada a preparação da futura digestão: é produzido o suco gástrico. Sem o estímulo do desejo não é produzido a quantidade adequada desta substancia digestiva. Porisso os pais não devem, jamais, obrigar os seus filhos a se alimentarem, literalmente “empurrando-lhes” comida no estômago. Barriga não é um triturador, não é uma máquina de moer. É preciso digerir para poder assimilar as substancias. Salvo em raras ocasiões, só devemos nos alimentar quando temos fome e vontade de comer (desejo).

Utilizando-se da supervalorização do paladar, as indústrias alimentícias tem produzido exacerbadamente produtos artificiais com essências e aparência similares aos naturais, barateando custos e facilitando o seu preparo. Assim sendo, sem que a sociedade esteja percebendo, as suas refeições muitas vezes estão se assemelhando ao ato de rechear um “ursinho de pelúcia” com trapos inúteis. A diferença é que no boneco a gente enche consciente de que é só para dar-lhe forma; ao passo que para nossos meninos as mães oferecem tais alimentos com a intenção de vê-los “fortinhos”.

Tamanho não é documento. Os “calangos nordestinos” são muito mais saudáveis e resistentes do que qualquer cidadão metropolitano comedor de “fast foods.

Deixo aqui as minhas mais sinceras reverências aos feijões!

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...