Silvio Marques
Será que realmente acreditamos naquilo que afirmamos ser a nossa fé, o nosso Deus? Será que todos fazem profundas reflexões periódicas para avaliar esta crença?
Às vezes nos sentimos um tanto enfraquecidos na nossa fé, e consequentemente nos culpamos por isso; como se de fato fosse uma falha nossa, um descuido, alguma espécie de negligencia. Entretanto, isto pode ser claro sinal de que nossa alma esta clamando por evolução; por “novas revelações”, por visão de novas perspectivas espirituais. E isto é absolutamente normal para aqueles que não têm pré-conceitos ou bloqueios a respeito.
Muitas pessoas, normalmente por falta de uma reflexão mais profunda; vive uma fé de convencimento. Foram convencidas que deveriam assumir a teoria religiosa que lhe foi apresentada; na maioria das vezes em momentos de dor, carência ou outras dificuldades. Isto é o que chamo de Fé germinada nos ouvidos. Ela não é de fato uma convicção que vem do fundo da alma. Por isto mesmo não reflete o estagio espiritual da pessoa.
Também têm aqueles, “muitos aqueles”, que se abraça com o primeiro caminho religioso apresentado, como tábua de salvação, como um porto seguro. Considerando que estava meio perdido, se afogando, é natural que faça assim. Feliz é aquele que abraça um “caminho”. Mas nem por isso deve cegar, parar de pensar, de refletir. Observe sempre, reflita sempre se isto que te libertou “naquela oportunidade”, não o está escravizando agora. A receita do evoluir espiritual é: “prá cima e avante”. Avante sempre. Não tenha medo; siga em frente. Porto seguro é apenas para aqueles que não sabem navegar. Mas navegar é preciso.
O caminho para o evoluir infinito é seguir sempre na direção de suas “respostas”. Não das minhas; mas das suas respostas. Mesmo que a minha “resposta” lhe agrade, ela já não é mais minha resposta; mas sua. Não se trata de assumir a minha resposta ou a de outro qualquer. Quando alguma “resposta” ecoa em sua alma, é porque ela já estava em você. Portanto, ela não é mais uma teoria de alguém; é o que chamamos: despertar. E somente podemos despertar aquilo que já existia... Ainda que adormecido.
Jamais devemos (e nem podemos) cobrar que alguém assuma ou viva as nossas respostas. Não condicione o seu amor às suas repostas. Se você é “Bíblia” e o outro “Alcorão”; se um é das “Sutras” e outro é simplesmente de Deus, o amor doado não deve ser diferente. O amor é um entendimento só, em qualquer língua, credo ou cultura. Se não for assim, já não é amor. Poderá ser um sentimento condicionado por você, refletindo toda a sua presunção, preconceito ou ignorância.
E se ainda não sabe direito o que é amor... Ame simplesmente. Sentirás a resposta.
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