14/12/2012

Qual a Direção?


Silvio Marques

Certo dia entre amigos; sentados em volta de algumas mesas juntadas para acomodar a todos, um querido sobrinho descansou carinhosamente sua mão em meu ombro e “publicou” o seguinte comentário: “Difícil é tirar este aqui do sério”!
Comentários assim me trazem contentamento, pois comprovam a correta “direção” em que “guiei a minha mente”, autenticando assim a minha serenidade.

O que meu sobrinho disse, pelo menos aparentemente, é a pura verdade. Entretanto, a serenidade demonstrada nem sempre autentica o sentimento que se processa em mim diante das “propostas” (comentários ou ações) que me são servidas em certas ocasiões. Muitas delas são extremamente desagradáveis, e sempre fazem brotar sensações incomodas, às vezes muito dolorida, que fazem despertar até nas pessoas serenas a “flecha do revide”. É por isso que os conflitos acontecem. E em mim também se processa assim; ainda que tenha instalado ao longo da minha experiente vida providenciais “airbags” ou “para choques” mentais para suportar tais “impactos”.

Toda ação promove uma reação. Isto é uma Lei tanto física como mental. Mas a lei não estabelece qual reação deva ser adotada para cada situação circunstancialmente apresentada. É como dirigir um veículo. Os buracos e tantas outras adversidades na estrada aparecem de repente, e você tem que tomar uma decisão para evitar os possíveis acidentes.

A propósito, todos querem aprender a dirigir um carro, uma moto, uma lancha. Guiar um veículo deslizando pelas estradas é mesmo um grande prazer. Mas poucos são os que se preocupam em tomar a direção da própria mente para saber como deva “guiá-la” de forma segura e benfazeja. Alguns preferem se deixar levar pelos impulsos, e ainda dizem que “são assim mesmo, nasceram assim e que não podem mudar”.

É preciso estudar as Leis da mente para não correr o risco de conduzir seu destino a desastradas e prejudiciais colisões. Quando apreendemos essas Leis e as utilizamos no dia a dia, a “viagem” se torna sempre suave, segura e encantadoramente promissora.
                             
Quando o veiculo que estamos conduzindo esta prestes a colidir com algum obstáculo, tomamos, mesmo que instintivamente, a providencia de evitarmos o iminente desastre utilizando-nos do sistema de direção ou dos freios deste veiculo. Podemos tomar esta iniciativa, esta providencia, porque os sistemas de freios e direção estão disponibilizados em tal veículo. Se não tivesse, o choque seria a mais provável consequência. Assim também acontece com a nossa vida, cujo “diário de bordo” chamamos: destino.

É sensato tomarmos a providencia de “instalarmos” ferramentas mentais, as quais possam ser utilizadas (ainda que instintivamente) nos momentos que se fizerem necessários.

A oração, a meditação, a formação espiritual e/ou religiosa são potenciais instrutores que disponibilizam, como produto final, as ferramentas necessárias para termos o poder de ajustarmos nossa mente, adequando-a a cada ambiente em que atuamos, transformando nossa vida numa “boa viagem”. Essas ferramentas mentais, esses frutos de sabedoria, são: a serenidade, a humildade, a paciência, a confiança, a segurança, o desapego aos equivocados conceitos lógicos do mundo, e por fim: a clareza mental.

A partir daí, com a mente mais serena e pacífica, passamos agir sempre (ou quase sempre) de forma mais adequada, mais acertada em cada situação. E é assim que passamos a escrever um destino suave e feliz no “livro” da nossa vida.

É isto que eu digo que é “Estar no Céu”. Sigam o Caminho da Luz.

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