A FÔRMA DA VIDA FELIZ

Silvio Marques

Havia dias, mais constantes na minha infância e puberdade, nas suaves tardes de primavera (principalmente), em que a minha mãe (ou a sua colaboradora) se prestavam a fazer gostosos bolos dos mais diversos sabores e formas. Faziam bolos redondos, vezes inteiros, vezes com furo no meio, quadrados, retangulares, de tabuleiro, bolo estrela, etc. De trigo, fubá, cereais, chocolate, de frutas e outros mais.

A gente ficava por ali, por perto, a espera para lamber a fôrma.___ Docinha!

Quando a Mãe desejava fazer um bolo, nos perguntava: ___ Qual o bolo que vamos fazer? ___ E nós, então, escolhíamos a forma, que nem sempre éramos atendidos.

Se alguém pretende fazer um “bolo de milho de formato redondo”, nesses seus desejos já está contemplado o direcionamento da execução de seu “projeto”. Bolo redondo se consegue fazer utilizando-se uma fôrma redonda; bolo estrela se consegue utilizando-se uma fôrma estrela. 

Basta, portanto, nos utilizarmos da fôrma adequada ao bolo que desejamos fazer.    

Os nossos “projetos” de vida também devem seguir as mesmas orientações da culinária dos bolos acima citada. Os ingredientes são outros, naturalmente. E não se compra em mercados ou supermercados.

Mesmo que não perceba, do ponto de vista das Leis da mente, estamos a todos os instantes de nossas vidas, ininterruptamente, fazendo “bolos”.

A Grande Vida do Universo, O qual chamamos Deus, nosso Pai, nos dá a todo instante, por inspiração direta ou orientações dos mais diversos irmãos iluminados, receitas perfeitas de Vida de saúde, felicidade, paz, prosperidade. Qual a vida (bolo) que você quer para você?

Os “ingredientes” que você deve usar para ter uma Vida saudável e feliz são os ingredientes que cabem na Vontade de Deus, na Fôrma de Deus.

Elementos como gratidão, piedade, perdão, oração, paciência, generosidade, amor ao próximo e a si mesmo, olhar misericordioso sobre tudo, participação religiosa; são alguns dos elementos perfeitos e infalíveis para um “apetitoso bolo do destino”.

Olhe para dentro de si; verá que “lá” estão, e somente lá, todos os elementos adequados e perfeitos para uma Vida Feliz. 

Somente conseguimos ser Feliz se utilizarmos os “ingredientes e a fôrma” de Deus. E então:

Sirva-se!

A FILOSOFIA DAS ÁGUAS

Silvio Marques

Sendo eu um “produto” da Mente de Deus, um Filho de Deus, portanto; tenho vivido uma vida que procura refletir a essência Desta Divina origem. Na “visão do meu olhar racional” é o que naturalmente toda a humanidade deveria estar fazendo; assim como fazem os frutos de todas as fontes. O limão nada mais é do que o produto da essência do limoeiro, e é isto que ele naturalmente expõe e oferece ao mundo.

Assim sendo, procuro nunca lançar pesos nas imagens das pessoas, meus irmãos, rotulando-as com os meus julgamentos desprovidos de Amor, Compreensão e Generosidade. Também não imponho a ninguém, nem no silencio de meu pensamento, as minhas concepções e até as minhas certezas. Nem aos meus filhos. Por isto mesmo, penso que sabiamente, adotei como forma de vida em convivência com as demais pessoas a “Filosofia das Águas”.

A Água se ajeita em qualquer frasco, fenda ou espaço. Se o frasco é quadrado, a Água toma a forma de quadrado; se o frasco for cúbico, a Água toma a forma de cúbico; e assim sucessivamente. Observe que os “frascos” tem normalmente predeterminado a sua rígida forma. E assim sendo, se a Água também perder a sua flexibilidade, ela, endurecida, quebrará o frasco, ou o frasco quebrará a água endurecida (gelo).

Assim também podemos ser nós os homens feitos à Imagem e Semelhança de Deus. Se perdermos a humildade; se a vaidade e o orgulho prevalecerem em nossos atos, a harmonia se tornará muito pouco viável.

Humildade não é fraqueza... Orgulho é tolice... Vaidade é uma mentira; ou uma “verdade” provavelmente só sua.

                                    

Não é necessário impor nada. A naturalidade “das Águas” confere-lhe força extraordinária. Observem os tufões! Já observaram um Tsunami? Se as suas convicções forem substanciados pela “vontade de Deus”, estiverem em conformidade com a “vontade de Deus”, então, tenham paciência: a “vontade de Deus” sempre prevalecerá. 

Livrem-se, portanto, irmãos, dos sentimentos que não lhe foram concedidos por Deus. Orgulho e vaidade são alguns destes germes malignos que podem habitar e destruir a sua Perfeita e Saudável Divina essência. 

Sejam, também, sábios tanto quanto o forte e poderoso bambu, que humildemente se curva à força dos ventos para não partir. Sejam sempre flexíveis e humildes como as Águas. Sua vida, com certeza, se tornará uma suave brisa matinal. 

A Raposa e a Doninha

Silvio Marques

Será que neste mundo há pessoas que se acham muito espertas? Penso que não! "Se houvessem", certamente pensariam que ao enganar os outros estariam sendo muito inteligentes e vencedoras. 

Vamos refletir nesta fábula: 

Num remoto tempo, nos bosques de Viena, havia uma cidade bem povoada por diversos tipos de animais. Todas as estruturas que nós, os humanos, hoje possuímos em nossas organizadas e civilizadas comunidades, eles também possuíam.

Certo dia, numa fila de atendimento médico, chegou uma Doninha para fazer avaliação médica. Ao avistar uma longa fila ela abordou a Raposa, ultima da fila, dizendo:

___ Dona Raposa você poderia deixar eu passar na sua frente? É que até esta hora eu ainda não me alimentei; estou fraca; não consigo nem ficar de pé!

A Raposa bondosa, então, disse amorosa e compreensiva:

___ Sim! Por favor! Pode passar!

E, compadecida, foi abordando a todos os demais que estavam também à sua frente, intercedendo em favor da "coitada Doninha".

Disse o Gato concordando: Sim! Pode passar!

E assim também fez o Leão, a Tigresa, a Cobra, o Jacaré e o Leopardo.

Depois que a Doninha foi avaliada e se retirou; a Pomba, que a tudo via, desceu e disse:

___ Vocês foram passados para trás! Vocês foram enganados! Toda vez que ela vem aqui, vem com essa mesma conversa!

Os animais ficaram revoltados e se voltaram para a Raposa. 

___ Viu? Ela te enganou e você fez todos nós sermos enganados também!

Mas, a sábia e bondosa Raposa, disse: 

___ Ninguém nunca engana ninguém! Somente conseguimos enganar a nós mesmos! Em momento algum eu servi àquela Doninha! Toda a manifestação de Amor ao próximo que dou é Amor de Deus que se apresenta através de mim! Aquele a Quem eu sirvo trará, naturalmente, todos os créditos possíveis e necessários para a minha vida! Assim são as Leis!

E continuou:

___ Está “no livro”: Aquele que tem (pra dar) muito mais lhe será acrescentado! E aquele que não tem, mais ainda lhe será tirado! (Mat.13:12).

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Também penso assim. Entendo que somente “animais irracionais” podem ter sentimentos destituídos de Amor como essa doninha.

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OBS: Na verdade essa fábula foi extraída de uma situação real que vivenciei no Hospital Dório Silva na cidade de Serra/ES.

O QUE É CRISTO

Silvio Marques

Cristo é o termo usado em portugues para traduzir a palavra grega Khristós, que significa “Ungido”. O termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico Masiah (Māšîaḥ), transliterado para o portugues como Messias. (Wikipédia, a enciclopédia livre)

Mas, muitas das vezes cristo é uma expressão usada para descrever aquela pessoa que é vitima de maus tratos, perseguições e menosprezos. As expressões “bancar o cristo” ou “ser o cristo” são usadas para fazer referencia àquela pessoa que paga pelo erro do outro; que sofre no lugar do outro. Mas, nestes casos, estão fazendo referencias aos maus tratos sofridos por Jesus e fazendo uma associação de ideia.

Cristo, ou Messias, ou Ungido, no seu real significado, é “aquele” que anuncia a Verdade, a Luz da Verdade que emana de Deus nosso Pai Criador; nossa Origem; nossa eterna e inviolável Fonte da Verdade; a Verdade que já está contemplada na existência de cada um; no espírito de cada um. Não é que Ela venha de fora (anunciada por alguém) e se aloja em nosso ser; ela faz parte do “pacote do existir”. Se não fosse assim não haveria como reconhecer a Verdade quando ela, de alguma forma, “se apresenta”. Tudo o que está do lado de fora somente pode ser reconhecido pelos dons que estão do lado de dentro. Todos somos cristo, messias ou ungidos, pois fomos feitos à Imagem e Semelhança de Deus.

                                                                                                                                                                                        

Não confundam, portanto, Cristo interno, com Jesus interior; não confundam, portanto, Irmãos em Cristo, com irmãos em Jesus. Irmãos em Jesus são todos aqueles que professam a religião cristã. Irmãos de Jesus é toda a humanidade, pois todos que nascem são Filhos de Deus como nossos irmãos Jesus de Nazaré, Siddhartha Gautama (Sakyamuni Buda) ou o Profeta Maomé.

Cristo interno é a Verdade substanciada em nosso ser desde o “princípio”. A expressão Buda também significa Luz; é o adjetivo que significa “iluminado”. Por isso o iniciador do budismo disse: “ Não houve ninguém a quem se possa chamar “O Buddha”, pois Buddha é um estado mental existente em todos os seres; todos são Buddhas”.

Assim como não pode existir “O Buda” também não pode existir “O Cristo”. Cristo não é propriedade particular de ninguém, não é privilégio de ninguém. E também não é o sobrenome de Jesus. Se, parte da humanidade considerou pertinente o adjetivo Cristo anexado ao nome de Jesus, é porque viram (vimos) e aprovaram (aprovamos) os seus exemplos; observaram, sentiram a Luz em suas pregações. Mas Jesus, com certeza, não pediu isto. Seu exemplo de humildade sugere que não lhe havia nenhuma vaidade quanto a isso.

Voce, Irmão, e toda a humanidade são Cristo na essência. Alguns religiosos, cristãos principalmente, é que pregam a separação, a distinção entre as religiões e, consequentemente, as pessoas, por pura discriminação, fruto da sua ignorância espiritual.

Cristo ou Buda tem o mesmo significado. Não é comum ouvirmos ou lermos expressões tais como: “Jesus Buda” ou “Sakyamuni Cristo”. Mas, “tecnicamente”, não tem erro algum.

Enfim, Irmãos, a única religião de Deus; a única entidade religiosa que deva ser considerada, que deve ser levada a sério é o Amor; a única Igreja, Sinagoga, Mesquita ou Templo. O “endereço” de Deus, a morada do Amor é Voce. Olhe pra dentro e exteriorize o seu Deus interior; o seu Cristo interno.

É assim que me vejo... e tento enxergar em todos os meus Irmãos.

AS ESCRITURAS CONTINUAM SENDO ESCRITAS

Silvio Marques

As escrituras sagradas (todas) continuam sendo “escritas”. E nunca cessarão de se “processar”. Isso é o que quer dizer “Descansar no sétimo dia”. A expressão descansar, citado no livro Gênesis, não tem relação com ficar cansado e providenciar o descanso. Significa permanecer ativo a partir daquele ponto; assim como as turbinas de um avião que começa a girar lentamente até alcançar um ponto de sustentação permanente. Sétimo (não o relativo ao oito) representa o infinito. Portanto, não precisamos ficar apegados às escrituras do passado; as interpretações, principalmente. Nem todos nós.

Não que elas (as escrituras) não prestem, não tenham serventia nos dias atuais. Muito pelo contrário, há muitos de nossos irmãos que, espíritos muitos “jovens” como querubins, ainda necessitam de uma “cartilha”, de um “beabá”. O ócio espiritual, ou vadiagem espiritual em que viveram (e muitos ainda nascem e vivem assim) é que caracteriza, que aponta os espíritos que não evoluíram e permanecem, consequentemente, como “jovens espíritos” necessitando de “manuais e cartilhas”.

A inspiração que outrora tiveram os nossos irmãos iluminadores, continuam sendo reveladas a todas as pessoas. Somos, todos, extensão de Deus, nosso Pai, nosso Criador; aquele que nosso Irmão Jesus chamava de “Nosso Pai”. Somos extensão natural (de natureza, de origem) da mente de Deus. Não é questão de mérito ou de escolha especial, extraordinária. E também nunca existiu na mente de Deus a ideia de “Escolhidos”. Todos, indistintamente, somos “os escolhidos”. O Nosso Pai não criou vários para, após uma seleção, escolher alguns e rejeitar os outros. Tudo é perfeição na criação. Escolhidos somos todos aqueles que nasceram, e viveram (e vivem) ou morreram. Os não escolhidos “são, simplesmente, aqueles que nunca existiram”, aqueles que nunca foram criados.

Aqueles que seguem cegamente as orientações de seus lideres religiosos, sem cuidadosas reflexões; que estão apegados às escrituras, não percebem, mas tiram de si o direito de refletir com seus próprios valores e senso de observação. Tiram de si o direito e, o que é mais importante e fundamental na vida: vivenciar e aproveitar as lições que os seus erros e acertos lhe proporcionam. Ficar presos às doutrinas e/ou doutrinadores é ser como um objeto que foi embalado numa bela e segura caixa, mas que , em razão de uma suposta proteção, nunca saiu de dentro dela para manifestar os objetivos para o qual foram criados e, assim, justificar a sua existência.

“Olhe para o Céu” e receba diretamente de Deus, O seu Pai, as Revelações que a sua maturidade espiritual poderá alcançar.

Desejo-lhe Muita Luz pelo Caminho!