18/01/2013

Poucos têm Verdadeira Fé


Silvio Marques

Proporcionalmente à humanidade, ainda são poucos os que podem sentir-se inseridos no título acima. E a margem é mesmo de poucos. Infelizmente. Mesmo sendo uma lástima a baixa espiritualidade da humanidade, entre nós já vivem pessoas que conseguiram se libertar das algemas de “dogmas” instituídos no passado; e que enxergam além do que nos tem sido ensinado da palavra de Deus, contida na bíblia principalmente. Não que esses ensinamentos tenham sido ruins ou danosos até então. Mas sim, que os entendimentos relativos a eles hoje se tornaram primários. E, para muitos, empecilhos ao seu desenvolvimento espiritual.
Na “alma” desses ensinamentos, mesmo que possa haver alguns equívocos de tradução, eles têm a essência boa da Verdade e serão eternos; pois são divinos. O primário está na transposição da Verdade; da Fonte para as pessoas. Os intermediários têm passado à verdade no limite de seus entendimentos; de acordo com o seu grau de espiritualidade. Naturalmente que não se pode ensinar além do que se conhece. Mas é também uma imprudência criticar o que não conhecemos; como eles fazem. Nas críticas radicais muitas vezes é onde habitam os empecilhos. Porque criticar as árvores cujos frutos não conhecemos; nem sequer investimos a humildade de tentar entender?
          Importa que te diga:

Eu (o autor) sei o que sei; além de mim, nada sei! Jesus falou por si, em nome do Pai; e eu falo por mim, também em nome do Pai. Ninguém transfere espiritualidade. Por isso ninguém deveria dizer que fala em “nome de Jesus”. Ele não deu procuração a ninguém para falar em seu nome. Mesmo que tenha dito: “quando falar em meu nome estarei presente”, ele quis dizer: “quando falar em nome do Pai; em nome do Amor, em nome da Justiça; O Pai, O Amor, A Justiça estarão presentes”. Entendam que as obras não são de Jesus, são do Pai, do Amor, da Justiça que ele anunciou, e que está em você, em mim, em todos os nossos atos bons!

Se o mundo não crê que o Pai esta em si, em cada um de nós; então não mintam para povo dizendo que eles se curam “em nome de Jesus”. Porque a cura do corpo ou das situações adversas não é a salvação. São analgésicos que os iludem.

O mundo se tivesse fé verdadeira curar-se-ia a si mesmo. As doenças do corpo, todas, são defeitos da alma. Se o mundo entendesse que cada um é que é Filho de Deus, então não haveria doenças nem adversidades consequentes; porque o corpo haveria de cuidar de si. O abacate deve cuidar do caroço, que é onde esta a vida; porque a carne não lhe servirá “depois”. Portanto, se não cuidares da alma, enquanto é tempo, perecerás juntamente com a carne!

Crês mesmo em Deus? Em que deus você crê? Jesus? Nos santos e santas? Nos anjos? Nestes ou naqueles aos quais pedes proteção; provisão; providencia?
Achas mesmo que qualquer deles te dará por compaixão, ou, seja lá pelo que for, somente porque pedistes?
Achas mesmo que qualquer deles, ou de qualquer outra religião, têm poderes para transcender as Leis?
Se acreditas que sim, estais na banda daqueles que não tem fé verdadeira; dos que não conhecem Deus. Se Deus, que é a Lei, que é a própria ação da Lei, transcendesse-A, Ele automaticamente Se anularia.
Fruto de que pensas que se originam as suas dificuldades, as suas carências, insatisfações, imperfeições, doenças, medos e desarmonias?
São frutos da sua falta de consciência e de Fé que Deus está dentro de vós. E não fora.
Não é “lá fora” que está a nossa salvação, proteção, provisão, providencia ao espírito. Nada recebemos de fora que não seja um retorno, uma compensação em cumprimento da Lei. Até a provisão alimentar (esta sim) que vem de fora, lhe é servido na quantidade e qualidade que requisita o teu mérito.
Jesus não deu as sementes do amor e da justiça a ninguém. Ele plantou-as com atitudes e fé; e colheu para si os divinos frutos desta semeadura. Por isso viveu com autoridade e graça. A nós anunciou, caridosamente, o mapa do tesouro. Apontou, por testemunho, em que “deposito” estão essas sementes. Porque sabia que somente plantando-as através de nossas próprias atitudes poderemos colher os divinos frutos e saboreá-los, também; pois só colhemos o que plantamos. É somente assim. Essa é a Lei. Se pedimos aos “outros” é porque não nos demos ao trabalho de plantar as nossas próprias sementes, células de nossa alma.
Pedir a Deus não se faz com a boca. Ainda que o Mestre tenha anunciado do Pai: “Peça, e vos será dado!”; esse “pedir” se faz com ação, e não com a língua. Esse pedir é com a ação do trabalho, de atitudes dignas; porque deles serás servido à altura. O resultado de teu trabalho é que é a Dádiva prometida. Você age, e Deus lhe responde.
Tanto as propriedades patrimoniais quanto a saúde e a paz, são frutos das semeaduras de teu coração. Mas, atente para isto: toda a desgraça também o é. E, nesse caso, não é Deus quem responde. Não é dádiva de Deus.
Tenhas Fé Verdadeira! Plante as sementes do Amor e da Justiça que sempre estiveram em seu coração! Observe, primeiramente, cada um dos seus atos para certificar-se que são verdadeiramente dignos, e ore agradecido. Esta é a missão da boca.
Prepare o solo de sua mente; abra o deposito do seu coração; use as sementes que já lhe foram anunciadas; refaça o seu jeito de plantar; e, já, pode preparar a festa. Porque sua alma viverá contente a partir de então.

Essa palavra é boa, Irmão! Ainda que em mim mesmo venha a ocorrer algum mal, não será prova de que elas sejam imprestáveis. Mas, sim, prova de que em mim houve algum “débito” a ser resgatado; fruto que eu deveria colher!

Portanto, eu vos digo: Não grites socorro pelas janelas de teus olhos; pois a sua salvação está dentro de ti! O que os teus olhos ora vêem, é rigorosamente a materialização da lavoura que você plantou! Rejubile-se de todo o bem; ou arrependa-te de todo o mal.


Assim é a Lei.

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