Silvio Marques
Proporcionalmente
à humanidade, ainda são poucos os que podem sentir-se inseridos no título acima.
E a margem é mesmo de poucos. Infelizmente. Mesmo sendo uma lástima a baixa
espiritualidade da humanidade, entre nós já vivem pessoas que conseguiram se
libertar das algemas de “dogmas” instituídos no passado; e que enxergam além do
que nos tem sido ensinado da palavra de Deus, contida na bíblia principalmente.
Não que esses ensinamentos tenham sido ruins ou danosos até então. Mas sim, que
os entendimentos relativos a eles hoje se tornaram primários. E, para muitos, empecilhos ao seu desenvolvimento
espiritual.
Na
“alma” desses ensinamentos, mesmo que possa haver alguns equívocos de tradução,
eles têm a essência boa da Verdade e serão eternos; pois são divinos. O
primário está na transposição da Verdade; da Fonte para as pessoas. Os
intermediários têm passado à verdade no limite de seus entendimentos; de acordo
com o seu grau de espiritualidade. Naturalmente que não se pode ensinar além do
que se conhece. Mas é também uma imprudência criticar o que não conhecemos;
como eles fazem. Nas críticas radicais muitas vezes é onde habitam os empecilhos. Porque criticar as
árvores cujos frutos não conhecemos; nem sequer investimos a humildade de
tentar entender?
Importa que te diga:
Eu (o autor) sei
o que sei; além de mim, nada sei! Jesus falou por si, em nome do Pai; e eu falo
por mim, também em nome do Pai. Ninguém transfere espiritualidade. Por isso ninguém
deveria dizer que fala em “nome de Jesus”. Ele não deu procuração a ninguém
para falar em seu nome. Mesmo que tenha dito: “quando falar em meu nome estarei
presente”, ele quis dizer: “quando falar em nome do Pai; em nome do Amor, em
nome da Justiça; O Pai, O Amor, A Justiça estarão presentes”. Entendam que as
obras não são de Jesus, são do Pai, do Amor, da Justiça que ele anunciou, e que
está em você, em mim, em todos os nossos atos bons!
Se o mundo
não crê que o Pai esta em si, em cada um de nós; então não mintam para povo
dizendo que eles se curam “em nome de Jesus”. Porque a cura do corpo ou das
situações adversas não é a salvação. São analgésicos que os iludem.
O mundo se
tivesse fé verdadeira curar-se-ia a si mesmo. As doenças do corpo, todas, são
defeitos da alma. Se o mundo entendesse que cada um é que é Filho de Deus,
então não haveria doenças nem adversidades consequentes; porque o corpo haveria
de cuidar de si. O abacate deve cuidar do caroço, que é onde esta a vida; porque
a carne não lhe servirá “depois”. Portanto, se não cuidares da alma, enquanto é
tempo, perecerás juntamente com a carne!
Crês
mesmo em Deus? Em que deus você crê? Jesus? Nos santos e santas? Nos anjos?
Nestes ou naqueles aos quais pedes proteção; provisão; providencia?
Achas
mesmo que qualquer deles te dará por compaixão, ou, seja lá pelo que for,
somente porque pedistes?
Achas
mesmo que qualquer deles, ou de qualquer outra religião, têm poderes para transcender
as Leis?
Se
acreditas que sim, estais na banda daqueles que não tem fé verdadeira; dos que não conhecem Deus. Se Deus, que é a Lei, que
é a própria ação da Lei, transcendesse-A, Ele automaticamente Se anularia.
Fruto
de que pensas que se originam as suas dificuldades, as suas carências,
insatisfações, imperfeições, doenças, medos e desarmonias?
São
frutos da sua falta de consciência e de Fé que Deus está dentro de vós. E não
fora.
Não
é “lá fora” que está a nossa salvação, proteção, provisão, providencia ao
espírito. Nada recebemos de fora que não seja um retorno, uma compensação
em cumprimento da Lei. Até a provisão alimentar (esta sim) que vem de fora, lhe
é servido na quantidade e qualidade que requisita o teu mérito.
Jesus
não deu as sementes do amor e da justiça a ninguém. Ele plantou-as com atitudes
e fé; e colheu para si os divinos frutos desta semeadura. Por isso viveu com
autoridade e graça. A nós anunciou, caridosamente, o mapa do tesouro. Apontou,
por testemunho, em que “deposito” estão essas sementes. Porque sabia que somente
plantando-as através de nossas próprias atitudes poderemos colher os divinos
frutos e saboreá-los, também; pois só colhemos o que plantamos. É somente
assim. Essa é a Lei. Se pedimos aos “outros” é porque não nos demos ao trabalho
de plantar as nossas próprias sementes, células de nossa alma.
Pedir
a Deus não se faz com a boca. Ainda que o Mestre tenha anunciado do Pai: “Peça, e vos será dado!”; esse “pedir” se
faz com ação, e não com a língua. Esse pedir é com a ação do trabalho, de
atitudes dignas; porque deles serás servido à altura. O resultado de teu
trabalho é que é a Dádiva prometida. Você age, e Deus lhe responde.
Tanto
as propriedades patrimoniais quanto a saúde e a paz, são frutos das semeaduras
de teu coração. Mas, atente para isto: toda a desgraça também o é. E, nesse
caso, não é Deus quem responde. Não é dádiva de Deus.
Tenhas
Fé Verdadeira! Plante as sementes do Amor e da Justiça que sempre estiveram em
seu coração! Observe, primeiramente, cada um dos seus atos para certificar-se
que são verdadeiramente dignos, e ore agradecido. Esta é a missão da boca.
Prepare
o solo de sua mente; abra o deposito do seu coração; use as sementes que já lhe
foram anunciadas; refaça o seu jeito de plantar; e, já, pode preparar a festa.
Porque sua alma viverá contente a partir de então.
Essa palavra
é boa, Irmão! Ainda que em mim mesmo venha a ocorrer algum mal, não será prova
de que elas sejam imprestáveis. Mas, sim, prova de que em mim houve algum
“débito” a ser resgatado; fruto que eu deveria colher!
Portanto, eu
vos digo: Não grites socorro pelas janelas de teus olhos; pois a sua salvação
está dentro de ti! O que os teus olhos ora vêem, é rigorosamente a
materialização da lavoura que você plantou! Rejubile-se de todo o bem; ou
arrependa-te de todo o mal.