Silvio Marques
O homem como um elemento da
natureza carrega em si a força (energia), o dinamismo, o movimento. Podemos
chamar essas propriedades de “substancias
energéticas”. Tem também como bem sabemos os cinco sentidos físicos: visão,
audição, paladar, tato e olfato. A esses
sentidos podemos denominá-los de “substâncias
sensoriais”. Além disso, ele é dotado de uma alma ou espírito; constituído
de Sabedoria, Amor, Alegria, Justiça, Generosidade, Compreensão, etc., que podemos
chamá-los “Substancias espirituais”.
Observando-o com esse aspecto, vemos claramente que ele no seu todo é como uma
semente vegetal dotado de muitas “substancias”.
Uma semente de arroz possui em
seu interior determinadas substancias vegetais características da sua espécie.
Toda a vez que se plantar uma dessas sementes, ela frutificará grãos de arroz,
do qual poderemos extrair infalivelmente as substancias que a compõe.
Entendemos que jamais os grãos de
arroz duvidaram da sua natureza, e que tenham recorrido aos santos ou anjos
para abençoa-los e ajudá-los a fazer aflorar toda a sua potencialidade e
capacidade de produzir as substancias que os constitui. Porisso Jesus disse:
“Se tiveres fé como uma semente de mostarda farão obras como a minha...” Ele,
Jesus, manifestou toda a sua potencialidade; assim como fazem naturalmente os
grãos vegetais, tais como o arroz e a mostarda.
Ao homem, cuja constituição é
composta por todos os elementos acima citados, tanto físicos como espirituais,
basta-lhe nascer neste mundo como uma semente plantada na terra, e frutificar
toda a sua potencialidade e natureza da sua espécie.
Se lhe falta algum elemento
dessas substancias; qualquer delas, não é por falha da natureza. ____ Deus não
erra! Lembra-se? ____ Havendo carência em um dos sentidos físicos (a visão
desde o nascimento, por exemplo) isso prova a existência de outras vidas.
Afinal, ninguém vem ao mundo com carências ou imperfeições, simplesmente por
falta de sorte ou erro de Deus.
Todas as nossas ações só podem
ser classificadas entre duas categorias: boas ou más. Sendo boa, é crédito; sendo
má, é débito. Ação Boa: é bênção; ação má: é maldição. Embora possa parecer o
contrário, a natureza não tem reações más. Ela sempre cumpre as leis e dá
resposta às nossas “ações”. É a Lei de causa e efeito... Colhe-se o que se
planta.
O arroz tem a mesma constituição
dos princípios dos tempos, porque sempre cumpriu com humildade e pureza a sua
“missão”. Por isso nunca lhe faltou nenhum elemento da sua original constituição
(exceto por manipulação do homem). O arroz é incapaz de negar os nutrientes que
ha em seu interior para esse ou para aquele que o consome. Jamais fez ou fará
julgamentos discriminatórios ou seletivos para decidir a quem deva se doar. Ele
alimenta humilde e indistintamente aos justos ou criminosos.
Talvez alguém possa pensar: “É
natural o arroz, o feijão, o milho, a mostarda, etc., nutrir tanto aos justos
quanto canalhas; pois eles não têm o poder de decidir!” Mas é isso mesmo que
faz de nós o mais completo da criação. O arroz só pode dar amido porque é o que
ele tem para dar. Amor, compreensão e perdão, somente o homem tem. E se há
entre vós alguém que não consiga dar isto; reflita bem. O mal pode estar em ti.
Você germinou colônias do mal em seu coração, como pragas que se instalam em
plantas desamparadas e mal cuidadas.
Enfim, somos apenas “pontes e
estradas” pelas quais transitam a Vida, o Amor, a Sabedoria de Deus. A nossa
fé, nossas orações e ações religiosas são autênticos exercícios de manutenção e
reparos dessas estradas. Quando agimos com amor, justiça, sabedoria e alegria
nos transformamos em magníficos caminhos pelos quais O Pai Se faz transeunte.
Isso sim é um privilégio! Isso é
que é benção!
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