13/12/2013

Lua: O fura fila

Silvio Marques

Lua se sentia um cara muito esperto. Solto, irreverente, espirituoso, criativo e alegre; do tipo moleque. Isso era a fotografia da sua personalidade. Mas era o tipo de sujeito que não respeitava limites nem regras. Para ele não tinha esse negócio de preferências, considerações, normas sociais, nem outras regras quaisquer; o que obscurecia a sua envolvente simpatia.
Para que se possa viver bem em comunidade e em perfeita harmonia com ela, é preciso respeitar os direitos dos outros até o limite em que eles deverão respeitar os nossos também. Respeitar os conceitos de que: quem chega primeiro tem preferência; respeitar a lei do silêncio; respeitar a propriedade alheia; respeitar e manter a ordem até na mais insignificante das filas ou ocasiões; são algumas, entre tantas outras regras, que devem ser observadas para que possamos ter um mínimo de harmonia nas nossas relações com a coletividade.
Mas Lua não ofertava qualquer oferenda a estas convenções.
Mestre da “lorota” e do “171”, sempre arquitetava um “jeitinho esperto” para furar as filas; desrespeitando, assim, os direitos dos outros; e também semeando a contrariedade no coração alheio.
Certo dia Lua se deitou para tirar um cochilo e não conseguia mais acordar. Em seu próprio sono ele se inquietava angustiadamente com a situação e se perguntava desconfiado: “O que é que esta acontecendo? Acho que já era para eu ter acordado deste sono! Será que estou tão cansado assim?
E por mais que ele se debatesse ou relaxasse para o tempo passar, o seu despertar não acontecia.
Muitos e muitos tempos se passaram para que Lua se desse conta de que não mais pertencia ao mundo terreno.
Já um pouco refeito do choque e desperto no outro mundo; Lua quis saber os detalhes e os porquês de seu tão inesperado “passamento”. Algumas almas que por ali estavam, lhe disseram: “Vá procurar explicações prá Jesus!” ____ e ele então perguntou: “Onde posso encontrá-lo?” ____ ao que as almas responderam: “É aqui mesmo! Entre nesta fila ai! Mas não tente furar não porque ele já te conhece!”
Quando chegou a sua vez, Jesus disse: “Próximo!”
Lua então se apresentou e questionou a Jesus o que era óbvio:

___ Senhor, Porque eu morri tão cedo?”
E Jesus respondeu:
___ Todos temos um tempo lá na terra que dá exatamente para cumprir a missão que nos foi determinada! Cada vez que você furava a fila lá embaixo, você abreviava o seu tempo de vida! Pensamos que você estivesse com muita pressa de retornar para cá! ___ e lhe ensinou mais: ___ Cada vez que uma pessoa rouba a outra, ela também abrevia o seu tempo de vida na terra; porque se ela não roubasse do outro, ela levaria um tempo maior para conseguir com trabalho árduo e honesto aquilo que tirou do outro! É por isso que os ladrões morrem mais cedo! ___ e seguiu ensinando ___ Também os corruptos e os que buscam prazeres intensos e constantes, estes estão condensando as suas conquistas e satisfações. E sendo assim, não precisam de muito tempo para viver! Entendeu, irmão?”
Incrédulo e triste, Lua aos prantos implorou:
___ “Então ainda não era hora de eu morrer, Senhor? Por favor, me deixa descer para cumprir o meu tempo previsto!”
E Jesus disse:
___ Não é o tempo que esta previsto, são as obras, as ações! E você já completou as suas! Fez tudo bem rapidinho! _____ e continuou_____ Para seu contentamento, saiba que você vai descer, sim; um dia vai descer; muitas outras vezes! Mas acontece que não dá prá ser agora! Tem muitas outras almas na sua frente... e você não vai querer furar a fila ... Vai?


Advertência do autor: Não sou da opinião de que viemos a este mundo com tempo, nem com tarefas determinadas; a não ser praticar o amor. Este conto é apenas um alerta para aqueles que se acham espertos. Nenhuma vantagem conquistada de forma ilícita ou injusta fica sem o seu devido resgate; e será ainda herança de seus filhos.

08/11/2013

Errar é Humano?

Silvio Marques

Dizem que errar é humano. Tudo bem. Do ponto de vista humano, o espírito vivente incorporado na carne que esta neste mundo vivenciando lições, erra. Comete erros, sim. Mas o homem não deve se acomodar nesta configuração de permanecer errando simplesmente porque o ser humano pode errar. Isto é o que não lhe é permitido: se acomodar. As lições têm de servir para alguma coisa. Dizem até que “errar é humano, mas permanecer no erro é burrice”. É verdade. Permanecer no erro pode ser também: preguiça, cegueira, má vontade, falta de atenção para com a vida.
Mas do ponto de vista espiritual, numa reflexão um pouco mais atenta, essa coisa de “errar é humano” pode passar a ser uma idéia sem muita consistência. Do ponto de vista espiritual errar não é humano, porque humano na questão é tão somente o corpo físico; e ele não tem autonomia para errar. Corpo não tem mente autônoma. Autônomo é o ser espiritual que conduz este corpo carnal.
Certo dia vi um religioso dizer na televisão que o homem tem corpo, mente, alma e espírito. Penso que são muitos “elementos” para uma dinâmica só. Como é dito num determinado segmento religioso: “o corpo é apenas o cavalo do espírito (ou alma, ou mente, ou ser pensante)”. Enfim, o elemento pensante, o elemento dinâmico no homem pode ser chamado de mente, de alma, ou de espírito. É uma coisa só. Se alguém duvida disso; tudo bem; tente separá-los. Separar o corpo físico da mente (ou alma, ou espírito) é muito fácil, claro, “visível”. Mas separar mente, de alma, de espírito, um do outro, é fazer decorações filosóficas para dar sentido a teorias.
Até mesmo a memória, que é o “arquivo” das nossas ações, faz parte dessa mesma mente que não é um elemento material. É engano pensar que as memórias estão gravadas num elemento material chamado cérebro. Ele é o órgão de ligação do ser espiritual com a matéria, sim; mas ele não pode gravar elementos imateriais chamados “lembranças, emoções”. É por isto que uma pessoa com problemas psíquicos pode ser curada com ações religiosas.
Pensamos muito pouco a respeito das Leis da Vida, da existência como um todo. Como disse o compositor e cantor Paulinho da Viola e seu parceiro Hermínio Belo de Moraes: "A vida não é só isto que se vê, é um pouco mais que os olhos não conseguem perceber”.
Para melhor ilustrar esta questão vejamos este análise:
Um tijolo de construção é feito de areia e argila. Mas embora nos pareça que sim, por si só este tijolo não tem consistência própria. Não é simplesmente porque a liga da argila mantém unidos os grãos de areia, que o tijolo mantém a sua forma. O que de fato mantém as partículas que compõe o tijolo, unidos, são as Leis da física denominadas Coesão e retração; que não nos são visíveis. As “ações” das forças de coesão e retração que mantém ligadas as partículas do tijolo são leis físicas, mas não são matéria. O imaterial é que cria, sustenta, move, “manipula” tudo o que é material. A isto o cientista chama de natureza, energia universal, etc. Mas é isto que o espiritualista chama de Deus. E eu particularmente pouco me importo com as denominações que dão para Ele.
Numa equivalência proporcional ao Universo, o individuo tem todo o comando do corpo material que utiliza. Todos os aspectos apresentados no seu corpo (e também na sua vida) são produtos de sua mente (alma, espírito). É o Deus individualizado no homem; é o universo de cada um.
Outro dia vi outro pregador religioso pregando nos seguintes termos:
___ Você pensa que controla sua vida? Você pensa que comanda sua vida? Esta enganado! É Deus que a tudo controla!
É até comum e bonito ouvir isto. Mas isto destitui totalmente o “livre arbítrio” que, alias, segundo é dito, foi instituído pelo próprio Deus.
Pois é exatamente disto que o homem da nova era deseja e precisa se livrar. Não que tenha que se livrar de Deus. É se livrar desta dependência cega e inútil. Deus não vem fazer por você, não vem interferir na sua vida independentemente da sua vontade. A sua vontade (seu desejo, ainda que inconsciente), as suas palavras e ações passam imperiosamente pelos “filtros” da Lei. A esta Lei é que chamamos de Deus. Portanto, o escritor e roteirista do filme de seu destino é você mesmo. Ele é modulado de acordo com a sua vontade ao passar pelos “Filtros da Lei”.
Entretanto, muitas vezes a sua vontade, o que no fundo você deseja ou acredita não está no nível do consciente. É por isso que acontecem coisas em sua vida que conscientemente você não queria. Mas pode ter certeza que foi você que, de alguma forma, “desenhou”.
Para ilustrar isto vou relatar uma consulta que um casal me fez certa vez. Eles me disseram que há anos vinham tentando engravidar, mas não conseguiam. Já haviam feitos alguns tratamentos e terapias recomendadas, mas não obtiveram êxito.  Então, por alguma inspiração perguntei-lhes o que achavam do momento atual do mundo. Perguntei se este mundo esta propicio para a educação de filhos. Então, mal havia acabado de pronunciar a pergunta, a senhora disse:
____ Deus me livre! Este mundo esta um inferno! É muita droga, muita pornografia e imoralidades!
A conclusão a que se chega claramente por estas palavras, é que o casal deseja ter filhos, sim; mas no fundo da alma não querem. Afinal, ninguém, consciente ou até mesmo inconscientemente, deseja colocar seus filhos num inferno. Não é verdade?



O medo sempre se sobrepõe ao desejo e até mesmo sobre a fé. A fé algumas vezes pode ser superficial; o medo não; ele é sempre autentico e absoluto. O profundo é sempre mais poderoso do que a superfície. É por isto que as religiões exortam a Fé. A Fé é o verdadeiro Santo em sua vida; é o verdadeiro promotor de todas as suas Graças.
Portanto, reveja os seus desejos; observe com atenção se não há em você mesmo pensamentos contrários ao que você quer. Reveja e compare seus desejos com os seus medos. Um tem o poder de anular o outro.

Acima de tudo, permaneça na Fé. Você pode tudo!

11/10/2013

A Fé Auditiva

Silvio Marques

Sob as lentes da minha humilde perspectiva espiritual, ao longo da minha vida tenho visto pessoas que vivem numa demonstração de fé tão displicente, que passei a aventar a possibilidade de que elas possam ser pessoas possuidoras do que classifiquei de “Fé Auditiva”. Mas, o que é isso?
A Fé auditiva é aquela em que tudo o que entra pelos ouvidos dessas pessoas, anunciado pelos respectivos ministros de sua organização religiosa, fica instalado como Verdade Absoluta.___ Instalado nos ouvidos, é bom lembrar!___ Essas pessoas não devem refletir bem porque, mas suponho que deduzem descansadamente que: se vem da “igreja” é porque vem de Deus. É isto o que elas inconscientemente devem supor.
Existem muitos bloqueios espirituais, normalmente inconscientes também, que são promovidos por frases fortes e limitadoras tais como: “Não podemos questionar Deus.” Porem, eu digo que não só podemos, como digo que é fundamental fazê-lo se quisermos evoluir.
Na prática não estaremos mesmo questionando deus algum. Mas este é o único exercício que pode promover o seu encontro com o seu atual nível espiritual. Pode até parecer um ato rebelde, mas na verdade trata-se de uma atitude corajosa e necessária de quem quer evoluir. A iniciativa tem que ser sua. Não serão tão somente os cultos religiosos que te farão alavancar para níveis mais elevados na espiritualidade. Não serão, jamais, os entendimentos dos religiosos que te farão libertos. Muito pelo contrario: como disse certo pensador indiano “a mesma verdade que te liberta, também pode te escravizar”. Se o entendimento não é seu, então você não crê no que ouviu; você de alguma forma foi seduzido por aquele que disse. A propósito disto minha avó já dizia que este tipo de pessoa se trata de uma “Maria vai com as outras”. São pessoas que vivem na inércia do pensamento que diz: “Se outras tantas pessoas estão indo e creem nisso, então vou entrar nessa “procissão” também.
Independentemente da religião que você segue (ou mesmo que não siga nenhuma, ou ainda que sequer creia em Deus) seus pensamentos e conceitos é que é a sua religião. São eles que te religam ou te afastam de Deus. Não obstante, você é o Templo de Deus; a Morada de Deus; a Sagrada Igreja de Deus. Sim, com letras maiúsculas; porque você é que o Sagrado Filho de Deus. No entanto muitos relegam esse trono, essa herança divina e descem voluntariamente a níveis inferiores.
Se você quer louvar alguém, se acha de deve louvar alguém; pois então que louve o Sagrado Filho de Deus que você é. Seja você hoje o que estiver sendo: puro ou devasso; honesto ou corrupto; “anjo” ou “demônio”; sua essência permanece divina. Louve então essa essência interior, que infalivelmente o Filho de Deus ira despertar. E então você vai ser apresentado à verdadeira graça da Felicidade.
Cada religião tem invariavelmente por hábito querer impor ao mundo que ela é o único “caminho”, a única reconhecida por Deus. Algumas insistem até em tornar o próprio mentor (ou iniciante, ou referencia) da religião como sendo o Deus único. Assim é com o cristianismo (como um todo), alguns budistas, alguns muçulmanos (senão todos), etc. Cada uma tem a ingênua concepção de que quem não está na religião deles está “no caminho desviado”.
Estou absolutamente convencido de que todas elas indistintamente são reconhecidas por Deus, desde que a “bandeira” seja o Amor e a Justiça; porque Amor e Justiça é o próprio Deus. E pelo que tenho lido e me informado, todas as religiões erguem esta bandeira em suas sagradas escrituras. Mas, infelizmente, as ações dos religiosos e, consequentemente, dos fieis também, não transparece o que lhes é ensinado a respeito deste “lábaro” e, por falta de uma generosa mente fraternal, vivem em constante disputa. Isto acontece porque o homem dificilmente consegue se livrar das “contendas” do tipo “o meu é melhor do que o seu”.

Tudo isto acontece porque a Fé instalada nos ouvidos não desce ao coração.

10/09/2013

Ecoa, Ecologia! Ecoa!

Silvio Marques

“A Ecologia é a ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego "oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica, do lugar onde se vive.”
“O cientista alemão Ernst Haeckel usou pela primeira vez este termo em 1869 para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.”
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Na busca pelos valores identificados pelos seres humanos como sendo essenciais e prioritários para a vida, quais sejam: bem estar, posição social, posses, notoriedade, prazeres, et cetera, o homem não tem tido uma cultura de reflexão mais profunda com relação à vida, suas origens e seus verdadeiros objetivos. Por isso ele vê a natureza de uma forma muito descomprometida; como se ela fosse simplesmente sua criada; como se a natureza fosse simplesmente o sapato, e o homem fosse o pé. Ou, mais precisamente ainda, como se ela fosse o palco, e o homem fosse o glorioso e admirável artista.
De fato a natureza e o mundo, de forma geral, nos serve; e também fazemos uso deles tal qual os artistas que fazem uso de um palco para se expressar. Mas em primeiro lugar é bom observar que nós próprios somos uma “peça” do cenário do mundo; um elemento dessa natureza. Não devemos entender que sejamos seres distintos da natureza. Até mesmo a Fonte que a tudo Criou é parte desta mesma criação. Tanto a Fonte (a Criação, Deus) quanto a natureza e o homem, são uma “coisa” só.
Para melhor substanciar isto, tomemos como exemplo uma fonte de água: a fonte de água só existe porque dela brota água. Portanto a fonte e a água são uma coisa só. A água faz com que a fonte seja reconhecida como fonte de água porque dela jorra a água. Conclusão: Ou existem as duas ou não existe nenhuma das duas. O homem é parte da natureza como um todo harmônico e indivisível. Se o homem não existisse, a natureza estaria incompleta, aleijada. E mesmo que ela existisse sem o homem (sua mente, seu espírito, sua dinâmica), não haveria quem reconhecesse a sua existência. Então, seria o mesmo que se não existisse.
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Se o homem não vive sem o ar: o homem e ar são um só ser. Se as substâncias nutritivas de que ele se alimenta provém do solo, consequentemente o homem, as substâncias nutritivas e o solo fazem parte de um só corpo. Tudo no universo tem uma inter-relação. Nada é decorativo. Tudo tem a sua função necessária e benéfica. É assim o ar, o mar, a floresta, o homem, o rato, a barata, et cetera. A propósito, certo dia uma pessoa me disse que ratos e baratas não são criaturas de Deus, são pragas. Pensei em perguntar-lhe: “Quem teria feito criaturas tão imundas que tem a missão de operar as imundícies que o homem produz?” ____ Mas não o fiz! O que dizer para alguém que esta tão na “superfície da reflexão”? ____ Se exterminássemos todos os ratos, baratas, pernilongos, cascavéis, urtigas; enfim, tudo o que parece fazer mal ao homem, estaríamos construindo um grandioso e irreversível desequilíbrio no planeta.
Pensando bem, são muitos os que estão mesmo na “superfície da reflexão a respeito dos objetivos da vida”. Aqueles que, por exemplo, arrancam uma única folha ou um galho de uma árvore sem nenhum objetivo nobre; aqueles que sem nenhuma sensação de culpa desperdiçam água tratada; jogam lixo nas valas, nas ruas, poluem os rios, fazem barba ou escovam os dentes com a torneira aberta e derrubam árvores; são tão insensíveis que se parecem mesmo com débeis selvagens. Entretanto, é bom lembrar, esses não são muito diferentes daqueles que causam danos ao próprio corpo, estômago e fígado, com bebidas alcoólicas, ou aos pulmões sorvendo fumaças. Esses últimos, aliás, não deveriam nem contestar a poluição atmosférica. Afinal, sapato sujo não tem porque reclamar da poeira da rua.
O homem estuda a “Questão ambiental” em busca de soluções e entendimentos que se façam necessários para a manutenção de seu bem estar, de seu conforto e de fartura. Entretanto ele deve se ver como a parte mais difícil desta “questão”. Ele é parte da questão; não é um simples benfeitor nem cliente. A natureza, aliás, não agradece e nem deixe de agradecer as providências que vem sendo tomadas pelo homem; afinal, não é ela quem precisa do homem para viver.
Sinceramente penso que Amor e respeito à natureza não é uma questão de educação e cultura; na verdade é uma reverência a Vida de Deus Onipresente; é uma Reverencia à nossa própria Vida. ____ Mas, que lástima! O homem ainda não sabe direito o que é Deus! Pensam que Deus é “um cara, um individuo”; um sujeito que apareceu e desapareceu deste mundo e que hoje vive oculto administrando tudo.
A bem da Verdade, Deus esta mesmo no “oculto” de cada um de nós. Mas não deveria. Ele, individualizado em cada um de nós, deveria estar bem explicito, e não oculto. Porque se estivesse explicito aqui e agora, estaríamos todos vivendo no Paraiso.

Desperte para isto, irmão; e seja bem vindo ao “Novo Lar”!

08/08/2013

Ser como Cordeiros, ou como Pássaros?

Silvio Marques
Dia desses na rua recebi um panfleto religioso de uma senhora, para a qual, com um sincero e amável sorriso agradeci a oferta. Li as mensagens a seguir, mas nele uma inscrição em especial me chamou a atenção. A sentença dizia o seguinte: “Você não tem o poder de salvar a si mesmo”.
Por não concordar que seja assim; fiquei a pensar, muito compadecido, em que nível de espiritualidade vive as pessoas que crêem nisto. Sei que aquela senhora, especialmente aquela senhora, esta num processo muito ativo de evolução espiritual. Este ato desprendido de dedicação e fé que vem empreendendo ao divulgar panfletos religiosos, com certeza poderá elevá-la a graus mais elevados na espiritualidade. Desde que não feche os seus sentidos num acomodado sectarismo, prosseguirá evoluindo para níveis mais elevados.
Naquele mesmo dia vi na TV, e por isto mesmo me impulsionou transcrever essas minhas considerações, um religioso dizendo que “só esta vivendo neste mundo porque ‘Jesus Criador’ permitiu, ‘porque ele é o criador de tudo’, ‘nosso pai”.
Este marketing quase sempre inconsciente que os religiosos cristãos fazem de Jesus, ainda que levados pela sua fé, muitas vezes transparece uma vontade ardente de supervalorizar a cristandade, mas que também projeta uma atitude inconsequente que desmerece as outras religiões. Expressões tais como: Só Jesus Cristo Salva, Só Jesus é o Senhor, pode pousar no coração de quem não é cristão como dolorosa ofensa à sua Fé. ___ Não é o meu caso, pois que não tenho nenhum sectarismo! ___ Estas expressões acabam por se transformar em robustas barreiras na evolução espiritual do individuo que lá esta. E tanto quanto lastimável, é a consequente indução da intolerância religiosa. Se o pastor não evoluir, nenhum cordeiro do seu rebanho também o fará.
No “caminho” da evolução espiritual as religiões deveriam servir como uma espécie de “parada obrigatória”; mas providencialmente estabelecidas à beira desse caminho, a beira dessa estrada para apoiar o “caminhante”. Infelizmente os líderes religiosos posicionam filosoficamente as suas igrejas em cima desse “caminho” (na mente dos fiéis) como uma espécie de “pedágio obrigatório”. Se pelo menos esses “portais” religiosos tivessem cancelas para possibilitar o direito de livre passagem desses “viajantes”, ainda valeria à pena. Mas ao transpor esses portais os fiéis acabam por se transformar em cordeiros presos numa espécie de curral. Por mais amplos que possam ser os currais, todo o rebanho que lá está tem sua liberdade limitada. É por isso que eu prefiro ser como um Pássaro: Ou eu permito o cerceamento religioso de minha liberdade espiritual (numa espécie de gaiola), ou sou Livre de todo.____ Seria bem melhor ser como um pássaro livre!
Na essência as religiões são misericordiosas ofertas para servir ao homem que busca evoluir. O “produto” que lá esta é essencial para evolução espiritual do homem. Mas na prática os lideres religiosos impõem na mente dos fieis, que elas é que devem servir a igreja; com o apelo persuasivo de que estão servindo a Deus. Se a pessoa compreender a verdade pregada pela sua religião, ela tornar-se-á uma pessoa magnânima e generosa; e vivenciando essas verdades no dia a dia, então estará servindo a Deus. Tudo o que vier a fazer especificamente pela sua igreja, pela sua instituição religiosa, será verdadeiramente prova do seu sentimento de gratidão. O disciplinamento quando é imposto não prova a humildade nem a fé das pessoas. A gratidão voluntaria, sim.
Se o homem não evoluir espiritualmente ele ficará “amarrado” na sua religião. E a sua religião, ao invés de ser um promissor centro de desenvolvimento espiritual, terá serventia apenas como muleta, encosto ou porto seguro; como se essas pessoas fossem navios que estão avariados, ou que não estão prontos para navegar.
Ao contrario do que sentencia aquele panfleto que recebi, somente o homem, individualmente, pode promover a salvação de si mesmo. ___ Lembram-se do livre arbítrio? ___ Salvação não vem de fora. Até parece que vem. Mas o homem, como Filho de Deus, está salvo desde o principio. Deus ao criar o mundo não estava fazendo experimentos. Fez, e achou que estava Bom.
Todas as orientações, pregações, palavras, teorias e verdades que chegam aos ouvidos dos fiéis, se já não estivessem na alma deles, eles jamais se salvariam. Como poderíamos salvar um poste? Como poderíamos salvar um cachorro? Somente o Filho pode reconhecer o Pai. É o Deus Interior quem reconhece o “Deus exterior”. Isto é a prova incontestável da tão falada “Imagem e Semelhança”.
Quando o homem despertar para o fato de que ele na essência tem a índole do Bem, ele somente praticará o Bem. A prática do Bem pelo homem não é uma opção, é uma característica. Cada “produto” da criação tem a sua característica. Cada vegetal tem suas vitaminas, cores e formas específicas. E assim também são os animas, os minerais e toda a criação. A vitamina, cor e forma espiritual do homem é o Bem, é o Amor e a Justiça.
Vivendo assim, não pareceremos mais cordeiros, nem mesmo pássaros. Simplesmente viveremos a Realidade de sermos a Extensão de Deus.

É nisto que eu acredito e vivo!

08/07/2013

PONHA DEUS NAS SUAS AÇÕES

Silvio Marques

Esta advertência que dá titulo ao presente artigo é repetido quase que diariamente por todo bom conselheiro; religioso ou não. Aconselha-se isto porque o resultado da sua aplicação em nossa vida é infalivelmente favorável. Ao longo da história da humanidade milhões e milhões de pessoas tem sido testemunhas naturais desta afirmação, observando-se os resultados obtidos nas suas vidas; independentemente das religiões que seguem.
Não obstante, dependendo dos ouvidos que ouvem tal conselho ele pode parecer extremamente chato ou insubstancial. Entretanto, não devemos julgar precipitadamente estes “ouvidos” como se fossem seres insensíveis ou destituídos de fé religiosa. A frase por si só carece mesmo de um bom beneficiamento. É como se dissermos para alguém: “Vá para lá”, mas não apontarmos objetivamente a direção para a qual estamos orientando que a pessoa vá. “Ponha Deus na sua vida” não é uma frase tão “legível” quanto parece.
Para que possamos executar uma ordem, uma determinação; seguir um conselho; enfim, precisamos primeiramente identificar o conteúdo. Se nos disserem: “ponha água no balde”, primeiramente identificamos o que seja água, o que seja balde e então executamos a ação sugerida. Colocar água no balde é uma ação extremamente fácil de fazer porque já sabemos o que é água e também o que é balde. E quanto a estes “personagens”, não há controvérsias nem contestações: água é água; balde é balde.
Cada segmento religioso tem as suas concepções para definir Deus. É natural; faz parte do processo da evolução do espírito.
Apesar de algumas organizações religiosas pretensiosamente afirmarem que só ela esta correta quanto à definição de Deus, e todas as demais estão equivocadas; na verdade, em última análise todas estão corretas; porque mesmo que haja algum equívoco, todas estão exercitando o processo natural evolutivo; todas estão no caminho, a caminho da Verdade.
O que julgamos ser equívoco do outro com relação a sua concepção de Deus, pode ser exatamente o equívoco nosso visto pelos “olhos” do outro. Ainda que uma determinada pessoa tenha participado por algum tempo ou mesmo muitos anos numa organização religiosa, e desta tenha se afastado; ela não esta apta para julgar esta mesma organização. O afastamento se deu exatamente porque ela não alcançou a essência daquela doutrina. Não há religião séria que não desperte; não há religião séria que não “salve”. Não há religião séria que não seja boa.
Porque será que algumas pessoas são agraciadas numa determinada organização religiosa e outras não? Porque algumas recebem a graça nesta organização, e outras só alcançam numa outra? Haverão de ser, todas, testemunhas mentirosas ou fanáticas? ____ Ora! Todas elas apresentaram bons frutos; experimentaram bons frutos. Então, afinal: não é pelo fruto que se conhece a árvore? ____ Penso que Jesus estava certo!
Ao orientarmos alguém o aconselhando que “ponha Deus na sua vida”, precisamos definir para este alguém o que é Deus do qual estamos falando. Pelo menos o que entendemos que Ele seja.
Eu digo que colocar Deus em nossa vida é agir sempre e incondicionalmente utilizando-se de intenções dignas. Intenções dignas não diferem de um grupo religioso para outro. Todos sabem o que vem a ser. Agir com espírito de absoluta justiça, bondade, compreensão e fraternidade, é agir com amor e sabedoria. Eis a identidade de Deus. Agindo assim não haverá pecados a serem resgatados, nunca; não haverá inimigos nem adversidades, nunca. Por isso não haverá doenças, nem desarmonias ou sofrimentos para tirar-nos a paz. ____ Não colhemos, jamais, o que não plantamos!
Qualquer ação, por mais simples ou insignificante que parece ser, e para que se obtenham sempre resultados favoráveis, devem ter o amor e a sabedoria de Deus protocolado na sua intenção. Para cada ação, equivale uma reação. Isto deve ser sempre levado em conta; sempre.
Podemos exemplificar tudo isso através de um caso o qual agora passo a relatar. Viajava num ônibus de linha urbana me dirigindo para o trabalho (em pé e ônibus lotado), quando ouvi uma senhora falando de sua vida. Certamente alguém de pouca cultura, ou não se exporia daquela forma. Dizia ela para outra pessoa, lá no fundo do coletivo: “... o meu primeiro marido era um cachaceiro sem vergonha; o meu segundo era melhorzinho, mas morreu logo, graças a Deus! Mas o de agora; esse é um vagabundo; não quer nada com o serviço! Ora; eu sempre ‘batalhei’ em três empregos! Saio de manha para trabalhar, e ele fica dormindo; saio à tarde para o outro emprego, e ele continua dormindo! Hoje me aborreci e disse para ele: Nego você não vai arrumar um trabalho não, né?... e ‘taquei’ um balde d’água nele na cama”!
Na minha frente viajavam sentados dois rapazes com uniformes de uma empresa de seguranças; jovens, altos e bem robustos. Quando aquela senhora disse: “... taquei água nele na cama”; um dos dois rapazes disse profético para o outro: É aí que ela entra na tapa”!
Ainda que tenha algum resíduo de razão, para uma ação como a desta senhora, a reação muito provável, infelizmente, é esta sentenciada pelo tal segurança. O pior é que os jornais do dia seguinte nos mostram que os epílogos desses episódios muitas vezes vão bem mais além das tapas.
Colocar Deus em nossa vida, é como disse, colocar boas intenções na ação, tendo como elementos: a compreensão, a paciência, o amor e a fé. O resultado será sempre bom. E para isto não depende de cultura. O amor esta contemplado no interior de todas as pessoas. O amor é semente. O Amor é Deus.
Ponha Deus nas suas ações!

O Céu é logo ali!

12/06/2013

Os Tres Anjos

Silvio Marques

Tenho certeza que todas as pessoas que farão esta leitura sabem contar até três. Até três é o máximo que precisarão contar para encontrarem, enfim, a Felicidade, a Fartura, a Saúde, a Paz, e tudo o mais que desejarem.
Alguns dizem que já encontraram (ou que só é possível encontrar) tudo isto em Jesus; outros em Buda; outros em Maomé. Isto somente para citar as três grandes religiões e os seus respectivos manifestantes. Mas de forma generalizada, a grande maioria, mesmo que displicentemente, diz que busca tudo isto em Deus. E a partir desse conceito vivem a pedir, e a pedir, e a esperar, e a implorar, muitas vezes resignadamente como filhos miseráveis, desamparados e fracos.
Compreendo que cada um vive num determinado nível espiritual que pôde alcançar com a sua busca e consequente despertar. Mas, ainda assim, acho curiosa esta fé cega, e de certa forma, até insana desses “pedintes”. Como pode? Chamam Deus de Pai Onipotente, mas se veem tão destituídos de grandeza e de poder. Ora! Como um Pai poderoso pode ter filhos tão miseráveis? Será este pai tão egoísta a ponto de não estender seus poderes e suas riquezas aos seus Filhos? Sinceramente, se eu tivesse um pai desse eu o mandaria enfiar as suas posses.
A bem da verdade quero dizer que, do meu jeito, eu já fiz isto. Um dia eu vi que o pai que eu acreditava ser tão poderoso, na realidade não via em minha vida respaldo algum para que eu pudesse fazer tal afirmação. E foi aí que despertei para o equivoco que vinha cometendo e na ilusão em que eu vivia.
Mas não pensem que eu deixei de acreditar em Deus e em Seus Misericordiosos Poderes. Não destituí a Sua Divina paternidade. Compreendi que no Pai não havia nada de errado. O erro estava no filho que eu vinha sendo. Eu é que era um filho fraco, cego, insensível e irracional.
Paz e Felicidade são riquezas que todo mundo sempre deseja. Mas poucos são os que reconhecem que já as possuem. Poucos são os que sabem enxergá-las quando elas estão provendo a sua vida.
Certo dia fiquei concentradamente refletindo no seguinte ponto:
Nós, como seres viventes deste plano terreno, precisamos respirar para viver; o ar é uma provisão indispensável à vida; e, com efeito, nós nos mantemos respirando a todo instante todos os dias. Mas não precisamos pedir o ar, nem orar para que o tenhamos; muito menos implorar. Será que o ar, a paz e a felicidade são “riquezas” de “fontes” distintas? Seja como for, todas estas riquezas estão aí para serem apropriadas por todos nós, indistintamente. Se fizermos da forma correta, todas essas “coisas” estarão em abundancia em nossas vidas.
Se de alguma forma obstruirmos as nossas narinas, certamente não respiraremos satisfatoriamente. Teremos muita dificuldade para fazê-lo. Se não estamos vivendo satisfatoriamente com abundancia de Paz e Felicidade, não será porque estamos de alguma forma obstruindo esta provisão?
Eis aqui o momento em que aparecem os Três Anjos em nossas vidas, e que podem nos fartar de todas estas riquezas. Apenas três anjos. São eles: Anjo Pensamento, Anjo Palavra, Anjo Atos. Tudo em nossas vidas são frutos destes três Anjos. Toda a Graça, toda a Glória, toda Misericórdia são provindas unicamente deles. E não precisamos pedir. Por isto Jesus disse: “O Reino de Deus está dentro de vós”. Esta dentro, não está fora. E é bom lembrar: nenhum Rei vive fora de seu reino. Onde esta o reino, lá estará o seu Rei.
Cuidem, portanto, Filhos, desses três anjos, únicos verdadeiramente salvadores, que estão em seu “interior”. Eles são os potenciais propulsores de todas as infinitas riquezas que podem fluir para suas vidas.
Mas, devo ainda adverti-los: sejam prudentes, atentos e zelosos com seus sentimentos. Esses Anjos, ainda que Poderosos e infalíveis, por força das Leis da mente e do misericordioso Livre Arbítrio, podem manifestar-se também como seres inferiores, materializando a imagem e semelhança de vossos sentimentos e emoções inferiores. E então poderemos “tê-los” como Três patetas desastrados que te promoverão desgraças, carências e infelicidades.
Esses Três Anjos é o Verbo tão falado. É deles que provém toda a criação de seu destino. Tu és enfim, Anjo de si mesmo.
Agora, Filhos, que todos já sabem; a mesa está posta.

13/05/2013

A MENTE É A FONTE DE TUDO

Silvio Marques

A fonte de todas as adversidades em nossa vida esta na ação de nossa própria mente. Mas devemos considerar, também, que em contrapartida todas as Graças recebidas são produtos da mesma “fonte”. Portanto, Graças ou adversidades provém de nós mesmos; são produtos de nossas próprias ações (pensamentos, palavras e atos). O Reino de onde provém tudo relativo ao nosso destino está em nosso interior. Não culpem, pois, demônios; tão pouco esperem de anjos, santos ou intercessores. Nem mesmo de um deus que vem de fora para lhe acudir e conceder coisa alguma. A “obra” é tua. Quem constrói, quem cria o seu destino é você mesmo. A labuta é tua sempre; consequentemente o “salário” é seu.
A Fonte de onde todas as coisas universais provêm, sim, é Deus. Entretanto, Ele não é uma “pessoa” ou entidade que está “fora” de você e que lhe ouve como um agente administrador. O verdadeiro Deus são as Leis universais estabelecidas. E estabelecidas por si só. É a Criação e o Bem absoluto intrínsecos na existência. E, por sermos extensão desta existência, parte desta existência também; temos as respostas a todas as ações. Não a resposta de “alguém”; mas as respostas como resultado natural dessas Leis.
É perfeitamente compreensível as razões pelas quais as pregações vem sendo anunciadas do jeito que estamos vendo por todos esses tempos. Parece mesmo que é assim como os religiosos tradicionais vem dizendo. Parece mesmo que tudo vem de fora. Parece mesmo que ao pedir (com a boca, com orações, plangentes ou não) receberemos porque fomos ouvidos. O que tua boca pede não importa; importa o que provém do teu “coração” (profundo da alma). A “Natureza”; ou Deus; ou As Leis da Vida, sabe o que você quer (ou do que precisa) antes mesmo que o peçais. ___ Lembram-se disto? Não são palavras minhas!
A fé que obtém as respostas não é a fé que depositamos em “alguém”, em algum “Ser superior” como Buda, Jesus, Maomé, santos, anjos, etc. Mas sim, a fé no resultado que esse alguém possa nos proporcionar. Se rogamos a “alguém” e recebemos a graça almejada; é natural que pensemos que recebemos desse alguém a quem pedimos. Mas você não recebeu nada de ninguém. O que você recebeu foi o resultado da sua fé no resultado. É por isto que é dito: “Peça, e creia que receberás”. Creia no resultado, tenha fé no resultado. Não é fé em “alguém”.
Nós somos os Filhos de Deus. ____ Todos, sem exceção! ____ Somos autoridades sobre as nossas vidas como herdeiros. Não é um ou algum, ou alguém que é o filho de Deus (a Fonte de tudo). Não podemos abrir mão da nossa filiação divina natural. Se você não despertar para esta sua grandeza, a sua fé no teu Pai também é pequena.
Os homens se sentem fortes quando o seu pai é o delegado da cidade; se sentem mais fortes ainda quando o seu pai é o Prefeito; poderosos como filho do governador ou do general. Porque não percebem que são por natureza Filhos da autoridade máxima: Deus?
Assuma simplesmente a sua filiação e viva como um Filho de Deus. Não precisamos ser um pregador religioso ou missionário da fé como Jesus, Buda ou tantos outros. Seja empresário, juiz ou lavrador; seja padre, monge ou pastor; seja pai, marido, irmão ou professor; seja sempre justo, seja amoroso e honesto. Invariavelmente seja justo, amoroso e honesto. É só do que o mundo precisa; e você para ser feliz e ter Vida abundante. Você não precisa pedir nada (muito menos tirar dos outros). Você não veio para pedir; muito pelo contrario, veio para doar. Só você tem o que o outro e você mesmo precisam. E tudo o que você der será “usado” como elemento de construção do seu destino. Tudo. Nenhuma de suas ações ou de seus pensamentos serão descartados. Portanto, cuidado com o que pensa; com o que fala; com o que faz.
As pessoas comumente procuram a Felicidade como os pintos procuram migalhas. Fama, luxo, posses, “viagens”, prazeres; tudo isso é efêmero e descartável. Essas pessoas, assim como os pintos, estão procurando a Felicidade no lixo. Até que para os pintinhos o lixo é mesmo uma promissora fonte de riqueza e felicidade para os seus valores. Mas o Filho de Deus, não. Mesmo porque, a felicidade não está do lado de fora, em alguma coisa ou lugar onde se possa ir buscar. Felicidade é substancia que compõe o existir do homem. Basta vivermos a extensão de Deus que somos “e tudo nos será acrescentado”.___ Também não são palavras minhas, não é?
Como é possível ter as sensações de viver o destino de uma laranja, se eu me comporto como um abacaxi?
Quer usar drogas, se “embriagar” com qualquer prazer? Pois que faça! Essa é sua pobreza! Você se satisfaz com algumas poucas migalhas de “prazer” porque se fez pobre! E quanto mais intenso e continuo for essa necessidade de prazer, maior é a sua pobreza. Quanto mais prazeres necessitamos ter mais explicito fica o vazio de nossa alma. Se você conhecesse a Graça de ser feliz verdadeiramente, teria vergonha das migalhas que consome. Saiba que a Graça da Verdadeira Felicidade é tão intensa, que se o homem, com essa concepção de “Ser” tão inferior ao do que Realmente é, pudesse vislumbrá-la, não ficaria extasiado, provavelmente enlouqueceria.
A Verdadeira Felicidade é intensa e Grandiosa porque é criação de Deus. Entretanto, não se assuste: ela é Intensa e Grandiosa mas é suave. “Suba com humildade e fé os degraus da Felicidade”. E esteja preparado para recebê-La gradativamente, para que não enlouqueça. Este é o seu irremediável destino. Fomos criados pela Felicidade para ser infinitamente felizes.
Ter dinheiro e facilidades é sim um bem. Mas não se deixe iludir achando que estais Rico por causa disso. Riqueza é muito mais do que isto.
            A euforia como resultado de prazeres é tão somente uma amostra grátis (uma gotinha) da sensação de Felicidade. Felicidade Verdadeira não é um delírio e também não é um gozo. É o estado natural e suave do homem criado à Imagem e Semelhança de Deus.
Viva este Homem. Serás muito Feliz!

05/04/2013

A Vida tem fim?


Silvio Marques

Numa outra oportunidade estive comentando sobre a vida, e afirmei ter a opinião de que “seria muito medíocre pensar que a vida seja simplesmente o nascer, viver, e morrer; porque se assim fosse, a vida seria um projeto muito cruel e sombrio; além de um inexplicável despropósito”. Naturalmente que não estou acusando a mediocridade de quem pensa assim. Estaria identificando a mediocridade da vida. E eu não acredito que Deus, tão onisciente existência, possa ter projetado algo tão insípido.
Considerando que a morte do corpo do homem fosse o irremediável fim, então eu me perguntaria: O que fazer com tudo o que aprendi na vida? Aprendi prá que, se o conhecimento não me servirá para mais nada? Será que as experiências acumuladas perdem a validade?  E os esforços empenhados; serão motivos de aplausos e contentamento?
E ainda perguntaria: A folha caída, o lixo, as fezes do cachorro, ou minha alma haverão de se equivaler?____ Não sei o que “pensam” a folha, o lixo ou as fezes do cachorro; mas quanto a minha alma, eu não penso que seja assim!
Se a vida se limitasse mesmo a um tempo compreendido por começo, meio e fim; sem nenhum proveito acumulado, penso que o aborto é que seria uma glória; a vida com todas as suas atribulações seria um castigo. ____ Nesse caso eu preferiria ser as fezes do cachorro!
Mas, suponhamos que a vida fosse mesmo um castigo: Se não houve uma vida anterior ao nascimento (considerando que não há uma vida posterior também); certamente não houve nenhum pecado, nenhuma infração para ser punida ou resgatada. Só nos restaria considerar então, que o nascimento não se trataria de um castigo de quem nasce. Talvez um castigo para os pais, cujo pecado foi se amarem, se unirem e sonharem com o nascimento de uma criança. ___ “que infração abominável”!
Ainda assim, mais uma vez considerando que a vida fosse mesmo um castigo (um palco de martírios), estaria provado pela própria punição a existência de outras vidas passadas para que pudéssemos resgatar, nesta, os nossos pecados anteriores.
___ Não! A vida não tem um fim! É eterna e bela! Posso sentir isto porque estou ligado à energia universal e eterna que é Deus! E não se pode sentir o que não existe!
Se alguém pensar que isto seja apenas fruto dos meus delírios ou ilusões, isto provará apenas que estamos muito distantes espiritualmente; e nada posso fazer por esse alguém. Um dia, rogo, irá despertar.
                                                                                                                          
 A vida é um eterno “plantar”, segundo a nossa vontade; e um eterno colher segundo as leis divinas.
Morto para a vida eterna é aquele que não reconhece a eternidade da vida. Vive simplesmente no cômodo conceito de "sorte ou azar”; ou na mediocridade do “tem que ser agora porque a vida é curta”. ___ Agora sim, estou acusando a possível mediocridade de pessoas!
Certa vez assistindo a uma conferencia cujo tema era sobre prosperidade; conferencia esta que atraiu muitos empre$ários, principalmente; o palestrante disse: “Se você pensa que você é este corpo que carrega, tudo fará para dar o máximo de conforto e prazer para ele.” Penso ser esta uma afirmação incontestável. Eu fiquei mergulhado refletindo mais um pouco a respeito disto, e concluí como num despertar, que: É nesta crença que moram os poderosos vírus das vaidades, dos vícios, da luxúria, da gula, e outros mais.
Somente para exemplificar isto, analisemos o item gula: A maioria das pessoas que engordam; engordam porque “enxergam” a comida essencialmente como uma fonte de prazer. Há muita diferença entre ver a comida como uma oportunidade de gozo, ou vê-la simplesmente como substancia alimentar; que é a verdadeira e objetiva razão do existir da comida. O paladar é sim uma benção de Deus que estimula o ato da alimentação com prazer. Mesmo porque, se fosse doloroso se alimentar já estaríamos extintos por inanição. Porém, devemos reverenciar o alimento, e não o prazer.
São estes conceitos errôneos, que encobrem os verdadeiros e nobres valores da vida. As coisas da matéria é uma ilusão; e as fantasias e os prazeres podem nos cegar.
A Vida não tem um irremediável fim. Na verdade tudo o que tem começo, tem fim. A Vida não tem principio nem fim.
Disseram alguns iluminados como Jesus e Buda: “Seja-te conforme credes!” “Tudo é projeção de sua mente!” Assim sendo, se você não crê que a Vida prossegue, já estais morto para a vida eterna. E eu nem vou poder-te “provar” mais nada.
Quando alguém diz não crê em vida após a morte (do corpo), é porque essa pessoa está pensando num ambiente igual ou semelhante ao que vivemos aqui neste mundo, nesta dimensão terrena. Mas de fato não é assim. Este tipo de vida, após a morte do corpo, não existira mais. Falta espiritualidade nessa pessoa para entender (ou considerar) que a vida no mundo espiritual é totalmente expandida. Ainda que se mantenham a individualidade, a existência segue padrões inimagináveis.
Quando foi dito: “Do pó vieste, ao pó voltaras”, essa referencia esta apontando o corpo físico. Pó é matéria física elementar; são as células, as moléculas, os átomos. Enfim, o espirito não nasce do pó; ele se manifesta e assume esta “composição de pó” que é o corpo físico. O espirito nunca nasce; ele, por ser espirito (imaterial) tem a possibilidade de tomar infinitas “formas”.
Pode parecer que este texto tenha o objetivo de convencer às pessoas que se dizem descrentes na “vida após a morte” a mudarem ou reverem seus conceitos. Mas não se trata disto. Este texto vem para nutrir e fortalecer o conceito das pessoas sensíveis e humildes que creem na eterna dinâmica da Vida. Este texto transborda de minha mente porque sou de fé nessa dinâmica.
É uma lástima pensar nos pesadelos e agonia que os descrentes terão quando deixarem o corpo que pensaram a vida todo ser o seu “eu”.
Aqui no plano terreno todos os dias despertamos ao amanhecer em razão dos compromissos que temos “a seguir”. Despertamos ativos (mesmo que desanimados as vezes) para cumprir as tarefas do dia; as tarefas, atividades e necessidades que a vida impõe. Se não houver nenhum compromisso posterior, por menor que seja, penso que a mente tende a permanecer inerte. Entretanto, mesmo que o individuo não acredite que está “vivo” (ou que tenha alguma espécie de vida após a morte) o “apelo” da vida é dinâmico, não é inerte. A tendência da vida é ação. E é baseado nisso que poderá haver o conflito o qual acima denominei de pesadelo ou agonia. Esse conflito se caracteriza pela contenda entre: “preciso despertar” X “eu morri, eu não existo”.
Por tudo isto é que foi dito: “Antes de Abraão ser eu sou”!
Cabe a cada um o despertar, ao ponto de poder dizer isto também.
Paz Eterna para todos!

15/03/2013

PEDI, E SER-VOS-A DADO


Silvio Marques

          A palavra “Vida”, como bem sabemos, representa uma ação constante. Vida é sinônimo de movimento; dinâmica; desenvolvimento; resposta, resultado; ação e reação.
          No plano da vida humana processa-se um seguinte ciclo de vida: o homem planta uma semente, o solo responde ao homem; a semente responde ao solo; a planta responde à semente; o fruto responde à planta, e se oferece insinuante para o homem, concretizando o seu desejo inicial.
Esse homem colhe o fruto apetitoso; saboreia-o gratificado; se fortalece com os seus nutrientes, e por fim volta a plantar a semente que o fruto lhe deu. Este é o ciclo de vida no plano material.
          Os elementos que compõem este ciclo são inseparáveis. Ainda que o homem possa ser substituído por outro animal, a estrutura do ciclo permanece a mesma. A idéia é uma só.  Cada um habita no outro numa interdependência natural. Assim, podemos concluir que o homem (os animais como um todo), o solo, a semente, a planta e o fruto, são um só ser. Outros elementos naturalmente se fazem necessários neste processo; como o ar, a água, os ventos; o sol, etc. A energia do homem, portanto, é a mesma energia do solo, da semente, da planta, do fruto, do sol.
          No ciclo da vida espiritual o processo tem a mesma estrutura. O homem planta suas expectativas (seus desejos) com a mente, o universo responde. O universo, assim como as sementes, não cometem equívocos. As Leis são naturais, infalíveis e imutáveis. Ainda que você plante arroz, desejando colher feijão, seu desejo não será atendido. Isto todos sabemos. Mas nem todos consideram que também seja assim no plano da “lavoura” espiritual.
          Se o homem plantar amor estará semeando em solo sagrado; no solo de Deus; a Verdadeira Vida. E é natural que colherá Amor. E irá “saboreá-lo”; e irá fortalecer-se de alegria; e, gratificado, irá semear o Amor outra vez. Este é o ciclo da Felicidade. ____ Eis aí o Jardim do Éden!
          Entretanto, se não plantarmos atos que estejam substanciados pelo Amor e pela Justiça, estaremos semeando no solo da ilusão, da fantasia, dos devaneios. E nesse solo jamais se colherá os frutos da felicidade verdadeira. Colheremos exatamente os frutos com a imagem e semelhança das sementes que elaboramos com a nossa própria criação. Pois nesse solo, nesse campo, também funcionam as leis mentais estabelecidas: “colhemos o que plantamos”. Não é uma criação divina, é sua criação; mas as leis se fazem cumprir à sua sincera vontade. Alias isto não é bem uma criação.___ Ilusão é igual a nada!
         Lastimavelmente a humanidade, em sua grande maioria, planta substancialmente nesse solo falso. E é por isso que vemos toda essa farra com cara de felicidade que as pessoas pensam ter. E o que é pior: a maioria inconsciente deseja ardentemente vivenciar essa farra também. Todavia, em razão de essa “alegria” ser falsa e efêmera, para ser vivida e sentida é fundamental vestir-se a mascara da embriagues nas suas mais diversas “modalidades”. Naturalmente! Se o ato é fictício, o ator tem de ser um personagem. A embriagues faz parte da ação desse ato de ser “feliz”. Nem percebem, mas precisam embriagar a consciência, de encobri-la, ou de alguma forma adormecê-la para que não haja uma interferência (“autocondenação”) que consequentemente “corte o seu barato”.
 Saúde ???

          Somente com a “embriagues” que os prazeres proporcionam é que o homem consegue “esconder-se” de si mesmo enquanto eles duram, e pensam que estão sendo felizes. Pois lhe digo que se você não é feliz na segunda feira, não será verdadeira a sua “felicidade” de sexta feira à noite ou de sábado e domingo o dia todo. Muitos pensam que segunda feira não é dia para ser feliz; segunda feira é tão somente dia de trabalho. Mas o trabalho é uma das mais fundamentais “substancias” que compõe o “Bolo da Felicidade”.
          A existência de cada um já vem contemplado com um “jardim” para você exercitar a sua vontade, os seus desejos. Tudo o que nele floresce é a fotografia da sua alma.
          Viver o falso ou viver o verdadeiro tem uma grande diferença: O verdadeiro é eterno (de segunda a segunda); o falso um dia se acaba “como um fim da linha”. Depois tudo se torna um imenso deserto desamparado e vazio. Chamam isto de “depressão” (Oscar de artistas e celebridades); um “mundo” frio e triste. Agora, sim, você encontrou o que de fato vinha plantando.
          Mas ainda não é o fim. Antes fosse, se considerarmos que você permanecerá nesse sofrimento mórbido.
          A qualquer tempo: desperte para o Amor e a humildade. Ou permanecerá morto para a Vida.
          Peça com atitudes (não com a boca)! O Universo (Deus) te responderá. Mesmo que Ele não tenha ouvidos.

22/02/2013

Responsabilize-se por Deus!


Silvio Marques

Muitas pessoas apesar das fervorosas orações e até intensa participação religiosa passam os seus dias aflitos ou em silenciosos sofrimentos. Muitas vezes com assumida resignação. Porque será?
Infelizmente elas não questionam isto! O deus para o qual elas oram “parece não lhes dar a menor atenção”. Algumas delas até pensam e falam isto. Porém sem “ousar exigir” respostas.
Em suas vidas tudo é extremamente difícil e sofrido. Vivem com carência de paz, alegria e motivação. Uma vida de silenciosas (e em certos momentos até explicitas e dramáticas) lamentações.
Entretanto, ____ Oxalá este texto chegue às mãos de algumas delas! ____ não é o divino que não lhes dá atenção. Impossível. Em todas elas existe “algo insistentemente ‘gritando’ como um insinuante zumbido”: Reflita... Pense... Questione... Rebele-se!
Mas elas não querem arriscar. Suas mentes estão algemadas às sugestivas frases de alertas doutrinarias... “Cuidado, o inimigo pode te tentar e te desviar do caminho com suas perigosas insinuações”!
A propósito; para alguns religiosos que por ventura a este texto vir a ler, esse “demônio” seria eu, se considerando o que aqui digo!____ Assim, preferem fugir de uma reflexão mais profunda. Vivem na esperança de que, de repente, algo grandioso aconteça em suas vidas para autenticar a grandeza de seus deuses.
Mas a vida não para nem espera; avança impetuosa. E nada de mais substancial acontece para que, enfim, elas possam mostrar aos outros a grandeza de seu credo e de seu deus. E nessa esperança, ainda que mergulhados numa entediante estagnação, perseveram no que chamam de sua fé.
Perseverem! ____ dizem as igrejas ____ Um dia Deus olhará por ti! Seu dia chegará! Jesus voltará!” ____ Promessas! Promessas!
Esses discípulos ralam os joelhos em orações; criam calos. Derramam rios de lágrimas de lamentações implorando piedade com suas dramáticas fisionomias de sofrimento e dor; como se só assim o Pai, compadecido, Se dispusesse atende-las. Consequentemente disputam inconscientemente uns com os outros quem tem desgraça maior para merecer primeiro a Sua bendita atenção. ____ Assim tem sido!
“Aumenta o dízimo!____ diz o líder religioso ____ Quanto maior, maior será a prova de sua fé e consequente apreço de Deus”!
____ Pois sim! Ham, Ham!
Alguns, convictos de que obterão positivas respostas; de que estão naquele momento envolvidos pelos seus santos protetores, seus deuses (hoje dizem: intercessores), “relaxam a dor” e obtém mesmo a cura estimulando a sua fé. Entretanto, a cura não foi proveniente de onde elas pensam que tenha provindo. Mas, unicamente porque “relaxaram a dor” na fé de que seriam curadas. O que aconteceu foi que houve uma mudança na mente. Acreditaram, tiveram fé. Ou seja: a pessoa, que tinha toda a atenção voltada para sua dor ou desgraça (qualquer que seja) e a ela resignadamente “reverenciava”, dividiu essa atenção com “algo” (ou alguém) que poderia vencê-la. Um aliado. A sua atenção voltou-se, portanto, para este “alguém” (Deus, Jesus, algum santo, anjo ou intercessor) e abandonou a atenção para a desgraça que a afligia. ____No que você põe sua atenção, nisso é que está a sua fé!
Só existem doenças ou desgraças quando não se tem algo bem melhor para se reverenciar; para se dar atenção; para se crer. Por isso recomenda-se que é preciso buscar Deus. Esta a razão das igrejas lotadas de hoje. ____ Louvado seja!
Toda desgraça por menor que seja por si só anuncia a ausência de Deus. É por isto que toda dor propicia uma aproximação com Ele. Entretanto, ainda que se use Deus como remédio, Ele não tem esta missão como seu projeto original. Deus não é remédio; nem escudo; nem guarda costas. Originalmente Ele esta presente sem que precise ser solicitado. Você não precisa pedir a Deus para ser feliz. Este é o seu irremediável destino. Você não deve entender que Ele seja responsável pela sua felicidade. Hoje o mundo já se encontra preparado para entender que Deus não é responsável por nós, conforme ensinado outrora. Não é um guardião. ____ Sim, não é! Estas são as boas novas!____ Já alcançamos o entendimento de que nós é que somos responsáveis por Deus neste nosso mundo terreno. Já é hora de repensar as nossas responsabilidades para com Deus e para com o mundo.
Observem bem: este nosso mundo, que a centenas e milhares de anos vem recebendo orientação religiosa; ao contrário do que deveria, vem piorado cada vez mais na ética, na moral, na justiça e nos costumes. Porque será? Penso que deva existir algo de errado com essas pregações. O homem deveria ter melhorado, e não piorado.
Antevejo que, se os homens se responsabilizarem por Deus, ou seja, se os homens se responsabilizarem em manifestar Deus em todos os seus pensamentos, palavras e atos; o Paraíso se apresentará. E você não depende de que os outros ajam também como você para que o Paraíso resplandeça. O mundo de cada um corresponde aos atos de cada um. ____ É muito justo, não?
Isto é o que é Deus!____ Rogo que todas as pessoas responsabilizem-se por Ele, se querem ser felizes!

18/01/2013

Poucos têm Verdadeira Fé


Silvio Marques

Proporcionalmente à humanidade, ainda são poucos os que podem sentir-se inseridos no título acima. E a margem é mesmo de poucos. Infelizmente. Mesmo sendo uma lástima a baixa espiritualidade da humanidade, entre nós já vivem pessoas que conseguiram se libertar das algemas de “dogmas” instituídos no passado; e que enxergam além do que nos tem sido ensinado da palavra de Deus, contida na bíblia principalmente. Não que esses ensinamentos tenham sido ruins ou danosos até então. Mas sim, que os entendimentos relativos a eles hoje se tornaram primários. E, para muitos, empecilhos ao seu desenvolvimento espiritual.
Na “alma” desses ensinamentos, mesmo que possa haver alguns equívocos de tradução, eles têm a essência boa da Verdade e serão eternos; pois são divinos. O primário está na transposição da Verdade; da Fonte para as pessoas. Os intermediários têm passado à verdade no limite de seus entendimentos; de acordo com o seu grau de espiritualidade. Naturalmente que não se pode ensinar além do que se conhece. Mas é também uma imprudência criticar o que não conhecemos; como eles fazem. Nas críticas radicais muitas vezes é onde habitam os empecilhos. Porque criticar as árvores cujos frutos não conhecemos; nem sequer investimos a humildade de tentar entender?
          Importa que te diga:

Eu (o autor) sei o que sei; além de mim, nada sei! Jesus falou por si, em nome do Pai; e eu falo por mim, também em nome do Pai. Ninguém transfere espiritualidade. Por isso ninguém deveria dizer que fala em “nome de Jesus”. Ele não deu procuração a ninguém para falar em seu nome. Mesmo que tenha dito: “quando falar em meu nome estarei presente”, ele quis dizer: “quando falar em nome do Pai; em nome do Amor, em nome da Justiça; O Pai, O Amor, A Justiça estarão presentes”. Entendam que as obras não são de Jesus, são do Pai, do Amor, da Justiça que ele anunciou, e que está em você, em mim, em todos os nossos atos bons!

Se o mundo não crê que o Pai esta em si, em cada um de nós; então não mintam para povo dizendo que eles se curam “em nome de Jesus”. Porque a cura do corpo ou das situações adversas não é a salvação. São analgésicos que os iludem.

O mundo se tivesse fé verdadeira curar-se-ia a si mesmo. As doenças do corpo, todas, são defeitos da alma. Se o mundo entendesse que cada um é que é Filho de Deus, então não haveria doenças nem adversidades consequentes; porque o corpo haveria de cuidar de si. O abacate deve cuidar do caroço, que é onde esta a vida; porque a carne não lhe servirá “depois”. Portanto, se não cuidares da alma, enquanto é tempo, perecerás juntamente com a carne!

Crês mesmo em Deus? Em que deus você crê? Jesus? Nos santos e santas? Nos anjos? Nestes ou naqueles aos quais pedes proteção; provisão; providencia?
Achas mesmo que qualquer deles te dará por compaixão, ou, seja lá pelo que for, somente porque pedistes?
Achas mesmo que qualquer deles, ou de qualquer outra religião, têm poderes para transcender as Leis?
Se acreditas que sim, estais na banda daqueles que não tem fé verdadeira; dos que não conhecem Deus. Se Deus, que é a Lei, que é a própria ação da Lei, transcendesse-A, Ele automaticamente Se anularia.
Fruto de que pensas que se originam as suas dificuldades, as suas carências, insatisfações, imperfeições, doenças, medos e desarmonias?
São frutos da sua falta de consciência e de Fé que Deus está dentro de vós. E não fora.
Não é “lá fora” que está a nossa salvação, proteção, provisão, providencia ao espírito. Nada recebemos de fora que não seja um retorno, uma compensação em cumprimento da Lei. Até a provisão alimentar (esta sim) que vem de fora, lhe é servido na quantidade e qualidade que requisita o teu mérito.
Jesus não deu as sementes do amor e da justiça a ninguém. Ele plantou-as com atitudes e fé; e colheu para si os divinos frutos desta semeadura. Por isso viveu com autoridade e graça. A nós anunciou, caridosamente, o mapa do tesouro. Apontou, por testemunho, em que “deposito” estão essas sementes. Porque sabia que somente plantando-as através de nossas próprias atitudes poderemos colher os divinos frutos e saboreá-los, também; pois só colhemos o que plantamos. É somente assim. Essa é a Lei. Se pedimos aos “outros” é porque não nos demos ao trabalho de plantar as nossas próprias sementes, células de nossa alma.
Pedir a Deus não se faz com a boca. Ainda que o Mestre tenha anunciado do Pai: “Peça, e vos será dado!”; esse “pedir” se faz com ação, e não com a língua. Esse pedir é com a ação do trabalho, de atitudes dignas; porque deles serás servido à altura. O resultado de teu trabalho é que é a Dádiva prometida. Você age, e Deus lhe responde.
Tanto as propriedades patrimoniais quanto a saúde e a paz, são frutos das semeaduras de teu coração. Mas, atente para isto: toda a desgraça também o é. E, nesse caso, não é Deus quem responde. Não é dádiva de Deus.
Tenhas Fé Verdadeira! Plante as sementes do Amor e da Justiça que sempre estiveram em seu coração! Observe, primeiramente, cada um dos seus atos para certificar-se que são verdadeiramente dignos, e ore agradecido. Esta é a missão da boca.
Prepare o solo de sua mente; abra o deposito do seu coração; use as sementes que já lhe foram anunciadas; refaça o seu jeito de plantar; e, já, pode preparar a festa. Porque sua alma viverá contente a partir de então.

Essa palavra é boa, Irmão! Ainda que em mim mesmo venha a ocorrer algum mal, não será prova de que elas sejam imprestáveis. Mas, sim, prova de que em mim houve algum “débito” a ser resgatado; fruto que eu deveria colher!

Portanto, eu vos digo: Não grites socorro pelas janelas de teus olhos; pois a sua salvação está dentro de ti! O que os teus olhos ora vêem, é rigorosamente a materialização da lavoura que você plantou! Rejubile-se de todo o bem; ou arrependa-te de todo o mal.


Assim é a Lei.

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...