18/05/2012

SE A MENTE ESTA NO FOGO... A ALMA ARDE.


Silvio Marques

Qual destas ações seria a menos indigna para uma pessoa atuar se tivesse coragem de fazê-lo?
Roubar, furtar, extorquir, explorar, apropriar-se indevidamente. Todas estas abomináveis ações tem suas diferenças bem definidas juridicamente. Entretanto, é bem claro que convergem a um único ponto: a apropriação indevida.
Juridicamente existem ainda definições para os outros agentes destas ações: O Sujeito ativo = quem furta, o crime que pode ser praticado por qualquer pessoa. Sujeito passivo = quem é furtado. Este pode ser tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica, pois esta também tem patrimônio. Tipo objetivo: A ação física é a de subtrair, que significa retirar a coisa do legítimo possuidor contra a vontade deste. Por coisa entende-se qualquer coisa corpórea com valor econômico, independentemente de ser tangível. Podendo ser também coisa corpórea apenas de valor sentimental bastando que faça parte do patrimônio (fonte: internet)

Muito provavelmente nenhum dos senhores leitores desta página sentem-se (pelo menos até aqui) incluídos como sujeito ativo nessa questão. Não obstante, peço licença e convido-os para que façamos uma reflexão. Analisemos com atenção este episódio.

“Certa senhora, naturalmente impulsionada pelos problemas que a atormentavam, veio até mim para uma consulta. Em nossa conversa ela casualmente me informou que era aposentada há treze anos. Não sei se a minha fisionomia me denunciou; mas sinceramente achei muito estranho. Como uma pessoa tão jovial e saudável poderia estar a treze anos sem prestar serviços para a comunidade? Como uma pessoa pode ficar tanto tempo sem contribuir com a construção do mundo, e por tanto tempo não perceber que vive como um mendigo que recebe sem trabalhar? ___ Ela não me parecia doente; nem física nem mentalmente.”

Bem sabemos que um médico estuda as “feridas” do corpo de uma pessoa para identificar as causas e promover o processo de cura desse paciente. Pelo tipo de ferida ele faz a “leitura” de toda a situação. Assim também somos nós que estudamos as coisas da mente, as coisas do espírito. Aquela senhora nem percebeu, mas o seu comentário quanto à questão da sua aposentaria, foi para mim a exposição de uma ferida.
“Quem com ferro, fere; com ferro será ferido.” Lembram-se desta máxima? Isto é uma Lei mental. “Colhemos o que plantamos.” A bíblia e outros tantos livros sagrados estão recheados de citações quanto a estas Leis.

Segundo o seu relato, havia em sua vida problemas tais como desarmonia familiar, marido distante, filho usando drogas, dificuldades financeiras. Tudo isto construindo e alimentando um “tumor mental” manifestado em forma de tristeza, desânimo, tormento e sofrimento para ela.


Analisemos a questão: Deus deu aos seus filhos toda a riqueza do mundo. Somos herdeiros da alegria, da abundancia, da paz, da saúde, da harmonia, de todo o bem, enfim. Se uma pessoa não está vivendo estes aspectos, não esta podendo usufruir deste seu divino “patrimônio”, é porque ela está sendo, de alguma forma, “roubada” dos seus direitos.
Todo o ganho de uma pessoa que procede assim como esta senhora vem procedendo, é amaldiçoado. E todos aqueles que usufruem desse ganho herdam também o seu passivo maldito. Este tipo de pessoa tem mente semelhante à de um criminoso; não dimensiona o mau que esta cometendo. Esta cometendo o crime de apropriação indevida, sem nem se tocar. E muitas delas ainda pensam que estão sendo espertas. Mas, diz a Lei: “Se a mente esta no fogo, a alma arde”. ___ Penso que isto é que deva ser o inferno!

Naturalmente que eu não disse nada disso para aquela senhora. Não seria tão cruel. Mesmo porque, sabia que diante de mim estava uma carente filha de Deus aguardando a orientação do Pai através de mim.

Perguntei como estava a sua vida religiosa e ela me disse que orava ardentemente e frequentava os cultos na igreja com muita devoção. Mas, mesmo assim aquela angustia não passava; os problemas permaneciam e se multiplicavam. Estavam sempre ali como que algemados em seu coração.

Então lhe disse, com a coragem que a situação impunha:

A senhora acha mesmo justa a sua prematura aposentadoria? Está me parecendo muito saudável e em condições de ofertar algum tipo de trabalho para a coletividade! Se não vem fazendo assim, me faz pensar que está lhe faltando sentimento de gratidão e generosidade! Acha mesmo natural receber o seu salário sem a contrapartida do trabalho; tendo condição de fazê-lo?

Ela apresentava até este momento uma fisionomia muito preocupada. Mas, bem de leve chegou a balançar a cabeça afirmativamente, e suspirou.

Disse-lhe, então: Quando aposentamos nós estamos abdicando de alguns “direitos” também; não é assim? Não só dos deveres. Reveja a sua atitude mental! Ponha mais amor e sentido de justiça em todos os seus atos! Faça tudo o que fizer a partir de agora, como oferenda para Deus! Tenho certeza: tudo vai se ajustar, não só na sua vida, mas na dos seus filhos também que são seus legítimos herdeiros! Não abdique dos seus “direitos” como herdeira de Deus! ___ E assim encerrei.
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Enquanto as pessoas permanecerem com atitudes não dignas de um filho de Deus, nada em sua vida se ajustara. Todos os procedimentos que fizerem para amenizar a sua dor, ou curar de vez as suas “feridas”, terão o mesmo resultado que o de assoprar um dedo para resfria-lo, estando com a mão no fogo.

Considere sempre isto: Todo o mal por alguém praticado tem a contrapartida de um mal multiplicado.

Paz esteja com contigo!

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