27/01/2012

FABULA DA FELICIDADE

Silvio Marques

Parte desta fábula me veio aos sentidos através de um sonho na madrugada do dia 27-junho-2002.
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       Certa senhora ao sentir que sua vida estava muito sombria, muito triste, resolveu consultar um sábio. Ainda que sem muita convicção, dirigiu-se então para a floresta onde, numa pequena cabana, habitava aquele a quem ela procurava. Próximo a cabana encontrou-o “meditativo” sentado num tronco de árvore. Então se aproximou, cumprimentou-o; mas sem que ela dissesse mais nada, o sábio, observando a sua tristeza, se adiantou perguntando:
___ O que deseja, “feliz senhora”?
___ Feliz? Eu? Quem me dera fosse! ___ disse ela surpresa, mas com seu habitual ar de desanimo ___ Eu venho aqui justamente para consultar-lhe sobre o que devo fazer para que a minha vida adquira algum brilho; tenha algum sentido para que eu possa sorrir e ser feliz enfim!
                                                                                                                                                  
          

          Enquanto eles conversavam, um lindo rouxinol pousado numa árvore ao lado, alheio a tudo enchia o ar da floresta com seu sublime canto. O sábio então, olhando serenamente para aquela triste senhora, surpreendentemente soltou um sonoro “pum” que ecoou “solene” no silencio da floresta. 
 A senhora naturalmente sobressaltou-se com esta atitude. Isto não é postura digna de um homem de luz. ___ Pensou. ___ Mas o sábio, calma e pausadamente perguntou-lhe:
___ A senhora ouviu bem?
___ Sim! ___ disse ela rispidamente___ ouvi muito bem!
___ E o que foi que a senhora ouviu? ___ consultou-lhe o amável sábio.
___ O senhor soltou um “pum”! ___ disse ela com muita indignação.
       E o sábio então lhe disse:
___ Não me admira a senhora não ter alegrias na vida! Ouviu de mim um breve e indesejável “ruído”, e indignou-se substancialmente. Mas não se deliciou, nem mesmo prestou atenção no lindo cântico deste pássaro, que ha muito tempo canta ao nosso lado anunciando gratificado as dádivas que Deus lhe deu! ___ e completou ___ Aqueles que se assustam com as tempestades e os trovões, mas não se encantam com a beleza de um nascer ou pôr do sol, não tem sintonia com a felicidade; não pode mesmo sorrir!
E prosseguiu ___ Senhora, se tentar contar os peixes que nadam no oceano, logo vera que é impossível contá-los. Assim também será se tentares contar as alegrias que já tivestes na vida.
___ Há pessoas que choram a vida toda pela perda de um dedo; mas em momento algum agradece os outros dezenove. Eles representam dezenove motivos de alegrias. E até mesmo aquele que se foi, é motivo de alegria também. Porque, enquanto esteve com aquela pessoa, aquele dedo foi, certamente, muito útil! Devemos, pois, agradecer por isto! Um coração de gratidão é uma alma Feliz!
E completou com alguma ironia___ Não esqueça, Feliz Senhora... De agradecer os seus ouvidos também!

20/01/2012

A Vida tem um Fim?

Silvio Marques

Numa outra oportunidade estive comentando sobre a vida, e afirmei ter a opinião de que “é muito medíocre achar que a vida seja simplesmente o nascer, viver, e morrer. Porque se assim fosse, a vida seria um projeto muito cruel e sombrio; além de um inexplicável despropósito”. Não acredito que Deus, tão onisciente existência, possa ter projetado algo tão insípido.
... O que fazer com tudo o que aprendi? Aprendi prá que, se a sabedoria (o conhecimento) não me servirá para nada? Será que as experiências acumuladas perdem a validade?  E os esforços empenhados; serão motivos de aplausos e contentamento?
A folha, o lixo, as fezes do cachorro, ou minha alma haverão de se equivaler?_____ Não sei o que “pensam” a folha, o lixo ou as fezes do cachorro; quanto a minha alma, eu protesto!
Se a vida se limitasse mesmo a um tempo compreendido por começo, meio e fim; sem nenhum proveito acumulado; o aborto é que seria uma glória; a vida seria um castigo. _____ Nesse caso eu preferiria ser as fezes do cachorro!
Mas, suponhamos que a vida fosse mesmo um castigo: Se não houve uma vida anterior ao nascimento (considerando que não há uma vida posterior também); certamente não houve nenhum pecado, nenhuma infração para ser punida ou resgatada. Só nos restaria considerar então, que o nascimento não se trataria de um castigo de quem nasce. Talvez um castigo para os pais, cujo pecado foi se amarem, se unirem e sonharem com o nascimento de uma criança. ___ “que infração abominável”!
Ainda assim, considerando que a vida fosse mesmo um castigo (um palco de martírios), também estaria provado, pela própria punição, a existência de outras vidas passadas para que pudéssemos resgatar, nesta, os nossos pecados.
___ Não! A vida não tem um fim! É eterna e bela! Posso sentir isto porque estou ligado à energia universal e eterna que é Deus! E não se pode sentir o que não existe!
Se alguém pensar que isto seja apenas fruto dos meus delírios e ilusões, isto provará apenas que estamos muito distantes espiritualmente; e nada posso fazer por esse alguém. Um dia irá despertar.
 A vida é um eterno plantar, segundo a nossa vontade; e um eterno colher segundo as leis divinas.
Morto para a vida eterna é aquele que não reconhece a eternidade da vida. Vive simplesmente no injusto conceito de "sorte ou azar”; ou na mediocridade do “tem que ser agora porque a vida é curta”.
Certa vez assistindo a uma conferencia cujo tema era sobre prosperidade; conferencia esta que atraiu muitos empresários, principalmente; o palestrante disse: “Se você pensa que é este corpo, tudo fará para dar o máximo de conforto e prazer para ele.” Penso ser esta uma afirmação incontestável. Eu fiquei mergulhado refletindo mais um pouco a respeito disto, e concluí como num despertar, que: É nesta crença que moram os poderosos vírus das vaidades, dos vícios, da luxúria, da gula, etc. Para exemplificar isto, falemos da gula: A maioria das pessoas que engordam, engordam porque “enxergam” a comida essencialmente como uma fonte de prazer. Há muita diferença entre vê-la (a comida) como uma oportunidade de gozo, ou vê-la simplesmente como substancia alimentar; que é a razão do existir da comida. O paladar é sim uma benção de Deus que estimula o ato da alimentação com prazer. Mesmo porque, se fosse doloroso se alimentar já estaríamos extintos por inanição. Porém, devemos reverenciar o alimento, e não o prazer.
São estes conceitos que encobrem os verdadeiros e nobres valores. As coisas da matéria é uma ilusão; e as fantasias e os prazeres podem nos cegar.
A Vida não tem um irremediável fim. Na verdade tudo o que tem começo, tem fim. A Vida não tem principio nem fim.
Disseram alguns iluminados como Jesus e Buda: “Seja-te conforme credes!” “Tudo é projeção de sua mente!” Assim sendo, se você não crê que a Vida prossegue, já estás morto para a vida eterna.

13/01/2012

Pontos de vistas e Conceitos

Silvio Marques

Se o universo fosse uma tela plana como num cinema, todos, indistinta e obviamente estaríamos ao mesmo tempo observando os mesmos aspectos da vida. Consequentemente teríamos quase as mesmas emoções, ponto de vista e expectativas. Também ficaria bem mais fácil expor as nossas observações; pois não encontraríamos opiniões muito divergentes. Bastaria apontar (na tela) este ou aquele detalhe em questão.
Entretanto o universo não tem o aspecto de uma tela plana. É sem forma, pois é infinito. Assim sendo, enquanto alguns estão com o olhar observando o norte; vivenciando o norte; outros tantos apreciam o sul; outros mais o leste, etc. Não dominamos o todo a todo instante. Enquanto estamos captando e vivenciando o que está ao nosso alcance; fora de nossas vistas as coisas estão igualmente acontecendo dinamicamente. Atrás, dos lados, em cima, em baixo, longe, perto; antes e depois de mim. Há vida em toda parte. Antes, durante, e depois de nossa presença nos locais; ou ainda, nesta existência. Assim também são os aspectos espirituais.
Os líderes religiosos de todo o mundo e todos os demais seres pensantes como nós (sem privilégio algum) baseados em suas dimensões, e extraindo conceitos de sua particular “tela plana”, condenam e amaldiçoam tudo aquilo que não está de acordo com seus entendimentos; que não está exposto na sua tela mental.
O nosso consagrado “líder” religioso: Jesus; sugeriu que observássemos os frutos de todas as ações (“... pelos frutos os conhecereis!). Entretanto, grande maioria desses religiosos insistem em querer julgar a árvore, a raiz, o solo, o adubo, e tudo o mais que possam, para identificar defeitos (segundo suas possibilidades) e assim sobressair-se para enaltecer o seu credo e a sua doutrina. Como se fosse a única.
Somente o fruto deve ser observado. Disse ele: ...“Não julgueis para que não sejais julgados... porque com a mesma medida com que medires serás medido”. Enquanto estamos julgando (e sentenciando) os defeitos alheios; menor ainda estamos sendo nós por essa arrogância, cegueira e falta de compreensão. A nossa intolerância em certos casos não nos permite enxergar o amor e a solidariedade produzidos pelas ações desse outro ao qual julgamos.
____Observai, cristãos de todo o mundo! Ele (Jesus) disse: ... “Eu sou O Caminho, A Verdade, A Vida...” Mas ele não disse que outros caminhos não fossem! A laranja “fala” por si! A abóbora “fala” por si! O feijão “fala” por si! Todos eles nutrem sem desmerecer os demais! E nem porisso perdem o seu divino valor nutritivo! Jesus falou por si. Ao despertar enalteceu a sua divindade. É este o encontro (o despertar) que todos devemos ter.
A propósito, fazendo um grosseiro parâmetro ilustrativo: digamos que particularmente eu tenha Jesus como um “prato apetitoso”! Se o acho um prato apetitoso, isso é naturalmente uma representação do meu gosto, do meu paladar e da minha cultura! É interior; é particular, é individual. Mas compreendo, também, que esse “prato apetitoso” não esteja para a grande maioria lá do oriente (por exemplo) na mesma proporção em que uma buchada de bode está uma para um nordestino!
____ Oxente! O “prato do dia” lá é Buda!
Abra a tua mente. Deixe circular a suave brisa do Amor. Seu “coração” ficará mais arejado, e somente assim poderás sentir o Céu.

06/01/2012

O que é a Riqueza

Silvio Marques

         Esta pergunta aparentemente é para muitos um questionamento totalmente desnecessário. A resposta parece saltar aos nossos “olhos”, tamanha a lógica guarnecida pelo óbvio. O mais comum é nos projetarmos ao entendimento de que riqueza seja possuir muito dinheiro, ou possuir em abundancia. Entretanto, se riqueza tivesse o simples e óbvio significado de possuirmos muito dinheiro; ficarmos abraçados indefinidamente a eles numa piscina de cédulas e moedas de ouro (tipo Tio Patinhas) deveria ser sinônimo de felicidade e prazer. Mas na verdade num determinado momento isto nos parecerá muito cansativo e entedioso. O que de fato desejamos é o que ele (o dinheiro) pode nos proporcionar. Um carro, por exemplo. Mas, assim como no caso das cédulas, ficarmos abraçados indefinidamente a ele (o carro) também num determinado momento alcançaríamos um elevado estado de chatice. O que de fato desejamos é o que ele pode nos proporcionar. Uma viagem, por exemplo. Porém também não é na viagem em si que está a nossa “riqueza”. Se assim fosse, seguiríamos sempre em frente viajando sem parar. Mas então, num determinado momento acordaríamos com uma incômoda sensação de inutilidade e desproposito. O que de fato desejamos é o que ela (a viagem) pode nos proporcionar. Por exemplo: entretenimentos. Mas, pensando bem, ainda não é o alvo do nosso mais profundo desejo. O que de fato desejamos é o que eles (os entretenimentos) podem nos proporcionar. Ou seja, a tão cobiçada sensação de bem estar que é inerente aos seres criados à semelhança do Deus da alegria _____ ah! A alegria! Enfim, a riqueza!
        A alegria, entretanto, está dentro e não fora das criaturas (nós). A nossa ignorância, a nossa falta de percepção, nos faz entender que tudo o que fazemos é para “alcançarmos” este estado de espírito. Quando na verdade, o que de fato estamos fazendo é “provocando”, é “extraindo” esta sensação que habita, que constitui o nosso ser verdadeiro. Se diversão e entretenimento, viagens, carro, dinheiro; fossem a felicidade e a alegria verdadeiras; alegria e felicidade não seria uma criação de Deus. Pois todos estes elementos um dia desgastam, deterioram, acabam. E tudo o que é do Espírito (verdadeira criação) é eterno. Além do mais, ao final da vida terrena quando não mais podemos conservar as posses, os valores, o patrimônio, “voltaríamos a ser infelizes”.
        Que riqueza é essa? Que criação é essa? Que deus é esse?
        Não deveríamos refletir Jesus, em Mateus, capitulo 6 versículo 33 antes de buscarmos a felicidade e a riqueza?
        _____ Penso que sim! Esse é o mapa do Grande Tesouro!

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...