Silvio Marques
Cristo é o termo usado em
portugues para traduzir a palavra grega Khristós, que significa “Ungido”. O
termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico Masiah (Māšîaḥ), transliterado para o
portugues como Messias. (Wikipédia, a
enciclopédia livre)
Mas, muitas das vezes cristo é
uma expressão usada para descrever aquela pessoa que é vitima de maus tratos,
perseguições e menosprezos. As expressões “bancar o cristo” ou “ser o cristo”
são usadas para fazer referencia àquela pessoa que paga pelo erro do outro; que
sofre no lugar do outro. Mas, nestes casos, estão fazendo referencias aos maus
tratos sofridos por Jesus e fazendo uma associação de ideia.
Cristo, ou Messias, ou
Ungido, no seu real significado, é “aquele” que anuncia a Verdade, a Luz da
Verdade que emana de Deus nosso Pai Criador; nossa Origem; nossa eterna e
inviolável Fonte da Verdade; a Verdade que já está contemplada na existência de
cada um; no espírito de cada um. Não é que Ela venha de fora (anunciada por alguém)
e se aloja em nosso ser; ela faz parte do “pacote do existir”. Se não fosse
assim não haveria como reconhecer a Verdade quando ela, de alguma forma,
“se apresenta”. Tudo o que está do lado de fora somente pode ser reconhecido
pelos dons que estão do lado de dentro. Todos somos cristo, messias ou ungidos,
pois fomos feitos à Imagem e Semelhança de Deus.
Não confundam, portanto,
Cristo interno, com Jesus interior; não confundam, portanto, Irmãos em Cristo,
com irmãos em Jesus. Irmãos em Jesus são todos aqueles que professam a
religião cristã. Irmãos de Jesus é toda a humanidade, pois todos que
nascem são Filhos de Deus como nossos irmãos Jesus de Nazaré, Siddhartha
Gautama (Sakyamuni Buda) ou o Profeta Maomé.
Cristo interno é a Verdade
substanciada em nosso ser desde o “princípio”. A expressão Buda também
significa Luz; é o adjetivo que significa “iluminado”. Por isso o iniciador do
budismo disse: “ Não houve ninguém a quem se possa chamar “O Buddha”, pois
Buddha é um estado mental existente em todos os seres; todos são Buddhas”.
Assim como não pode
existir “O Buda” também não pode existir “O Cristo”. Cristo não é propriedade
particular de ninguém, não é privilégio de ninguém. E também não é o sobrenome
de Jesus. Se, parte da humanidade considerou pertinente o adjetivo Cristo
anexado ao nome de Jesus, é porque viram (vimos) e aprovaram (aprovamos) os seus exemplos;
observaram, sentiram a Luz em suas pregações. Mas Jesus, com certeza, não pediu
isto. Seu exemplo de humildade sugere que não lhe havia nenhuma vaidade quanto a isso.
Voce, Irmão, e toda a
humanidade são Cristo na essência. Alguns religiosos, cristãos principalmente,
é que pregam a separação, a distinção entre as religiões e, consequentemente,
as pessoas, por pura discriminação, fruto da sua ignorância espiritual.
Cristo ou Buda tem o mesmo
significado. Não é comum ouvirmos ou lermos expressões tais como: “Jesus Buda”
ou “Sakyamuni Cristo”. Mas, “tecnicamente”, não tem erro algum.
Enfim, Irmãos, a única religião
de Deus; a única entidade religiosa que deva ser considerada, que deve ser
levada a sério é o Amor; a única Igreja, Sinagoga, Mesquita ou Templo. O “endereço”
de Deus, a morada do Amor é Voce. Olhe pra dentro e exteriorize o seu Deus
interior; o seu Cristo interno.
É assim que me vejo... e
tento enxergar em todos os meus Irmãos.