Silvio Marques
As escrituras sagradas (todas) continuam sendo
“escritas”. E nunca cessarão de se “processar”. Isso é o que quer dizer
“Descansar no sétimo dia”. A expressão descansar, citado no livro Gênesis,
não tem relação com ficar cansado e providenciar o descanso. Significa
permanecer ativo a partir daquele ponto; assim como as turbinas de um avião que
começa a girar lentamente até alcançar um ponto de sustentação permanente. Sétimo
(não o relativo ao oito) representa o infinito. Portanto, não precisamos ficar
apegados às escrituras do passado; as interpretações, principalmente. Nem todos
nós.
Não que elas (as escrituras) não prestem, não tenham
serventia nos dias atuais. Muito pelo contrário, há muitos de nossos irmãos
que, espíritos muitos “jovens” como querubins, ainda necessitam de uma
“cartilha”, de um “beabá”. O ócio espiritual, ou vadiagem espiritual em que
viveram (e muitos ainda nascem e vivem assim) é que caracteriza, que aponta os
espíritos que não evoluíram e permanecem, consequentemente, como “jovens espíritos”
necessitando de “manuais e cartilhas”.
A inspiração que outrora tiveram os nossos irmãos
iluminadores, continuam sendo reveladas a todas as pessoas. Somos, todos,
extensão de Deus, nosso Pai, nosso Criador; aquele que nosso Irmão Jesus
chamava de “Nosso Pai”. Somos extensão natural (de natureza, de origem) da
mente de Deus. Não é questão de mérito ou de escolha especial, extraordinária. E
também nunca existiu na mente de Deus a ideia de “Escolhidos”. Todos,
indistintamente, somos “os escolhidos”. O Nosso Pai não criou vários para, após
uma seleção, escolher alguns e rejeitar os outros. Tudo é perfeição na criação.
Escolhidos somos todos aqueles que nasceram, e viveram (e vivem) ou morreram.
Os não escolhidos “são, simplesmente, aqueles que nunca existiram”, aqueles que
nunca foram criados.
Aqueles que seguem cegamente as orientações de seus
lideres religiosos, sem cuidadosas reflexões; que estão apegados às escrituras,
não percebem, mas tiram de si o direito de refletir com seus próprios valores e
senso de observação. Tiram de si o direito e, o que é mais importante e
fundamental na vida: vivenciar e aproveitar as lições que os seus erros e
acertos lhe proporcionam. Ficar presos às doutrinas e/ou doutrinadores é ser como
um objeto que foi embalado numa bela e segura caixa, mas que , em razão de uma
suposta proteção, nunca saiu de dentro dela para manifestar os objetivos para o
qual foram criados e, assim, justificar a sua existência.
“Olhe para o Céu” e receba diretamente de Deus, O seu
Pai, as Revelações que a sua maturidade espiritual poderá alcançar.
Desejo-lhe Muita Luz pelo Caminho!