Silvio Marques
“A Ecologia é a ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente. A palavra Ecologia tem origem no grego "oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou, de forma mais genérica, do lugar onde se vive.”
“O cientista alemão Ernst
Haeckel usou pela primeira
vez este termo em 1869 para designar o estudo das relações
entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.”
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Na busca pelos valores identificados
pelos seres humanos como sendo essenciais e prioritários para a vida, quais
sejam: bem estar, posição social, posses, notoriedade, prazeres, et cetera, o
homem não tem tido uma cultura de reflexão mais profunda com relação à vida,
suas origens e seus verdadeiros objetivos. Por isso ele vê a natureza de uma forma
muito descomprometida; como se ela fosse simplesmente sua criada; como se a
natureza fosse simplesmente o sapato, e o homem fosse o pé. Ou, mais precisamente
ainda, como se ela fosse o palco, e o homem fosse o glorioso e admirável
artista.
De fato a natureza e o mundo, de forma
geral, nos serve; e também fazemos uso deles tal qual os artistas que fazem uso
de um palco para se expressar. Mas em primeiro lugar é bom observar que nós
próprios somos uma “peça” do cenário do mundo; um elemento dessa natureza. Não
devemos entender que sejamos seres distintos da natureza. Até mesmo a Fonte que
a tudo Criou é parte desta mesma criação. Tanto a Fonte (a Criação, Deus)
quanto a natureza e o homem, são uma “coisa” só.
Para melhor substanciar
isto, tomemos como exemplo uma fonte de água: a fonte de água só existe porque
dela brota água. Portanto a fonte e a água são uma coisa só. A água faz com que
a fonte seja reconhecida como fonte de água porque dela jorra a água. Conclusão:
Ou existem as duas ou não existe nenhuma das duas. O homem é parte da natureza
como um todo harmônico e indivisível. Se o homem não existisse, a natureza
estaria incompleta, aleijada. E mesmo que ela existisse sem o homem (sua mente,
seu espírito, sua dinâmica), não haveria quem reconhecesse a sua existência. Então,
seria o mesmo que se não existisse.
Se o homem não vive sem o ar: o
homem e ar são um só ser. Se as substâncias nutritivas de que ele se alimenta
provém do solo, consequentemente o homem, as substâncias nutritivas e o solo
fazem parte de um só corpo. Tudo no universo tem uma inter-relação. Nada é
decorativo. Tudo tem a sua função necessária e benéfica. É assim o ar, o mar, a
floresta, o homem, o rato, a barata, et cetera. A propósito, certo dia uma
pessoa me disse que ratos e baratas não são criaturas de Deus, são pragas.
Pensei em perguntar-lhe: “Quem teria
feito criaturas tão imundas que tem a missão de operar as imundícies que o
homem produz?” ____ Mas não o fiz! O que dizer para alguém que esta tão na “superfície
da reflexão”? ____ Se exterminássemos todos os ratos, baratas, pernilongos,
cascavéis, urtigas; enfim, tudo o que parece fazer mal ao homem, estaríamos
construindo um grandioso e irreversível desequilíbrio no planeta.
Pensando bem,
são muitos os que estão mesmo na “superfície da reflexão a respeito dos
objetivos da vida”. Aqueles que, por exemplo, arrancam uma única folha ou um galho
de uma árvore sem nenhum objetivo nobre; aqueles que sem nenhuma sensação de
culpa desperdiçam água tratada; jogam lixo nas valas, nas ruas, poluem os rios,
fazem barba ou escovam os dentes com a torneira aberta e derrubam árvores; são tão
insensíveis que se parecem mesmo com débeis selvagens. Entretanto, é bom
lembrar, esses não são muito diferentes daqueles que causam danos ao próprio
corpo, estômago e fígado, com bebidas alcoólicas, ou aos pulmões sorvendo
fumaças. Esses últimos, aliás, não deveriam nem contestar a poluição
atmosférica. Afinal, sapato sujo não tem porque reclamar da poeira da rua.
O homem estuda a “Questão ambiental” em
busca de soluções e entendimentos que se façam necessários para a manutenção de
seu bem estar, de seu conforto e de fartura. Entretanto ele deve se ver como a
parte mais difícil desta “questão”. Ele é parte da questão; não é um simples
benfeitor nem cliente. A natureza, aliás, não agradece e nem deixe de agradecer
as providências que vem sendo tomadas pelo homem; afinal, não é ela quem
precisa do homem para viver.
Sinceramente penso
que Amor e respeito à natureza não é uma questão de educação e cultura; na
verdade é uma reverência a Vida de Deus Onipresente; é uma Reverencia à nossa
própria Vida. ____ Mas, que lástima! O homem ainda não sabe direito o que é
Deus! Pensam que Deus é “um cara, um individuo”; um sujeito que apareceu e
desapareceu deste mundo e que hoje vive oculto administrando tudo.
A bem da
Verdade, Deus esta mesmo no “oculto” de cada um de nós. Mas não deveria. Ele,
individualizado em cada um de nós, deveria estar bem explicito, e não oculto. Porque se estivesse explicito aqui e agora, estaríamos todos vivendo no Paraiso.
Desperte para
isto, irmão; e seja bem vindo ao “Novo Lar”!