05/04/2013

A Vida tem fim?


Silvio Marques

Numa outra oportunidade estive comentando sobre a vida, e afirmei ter a opinião de que “seria muito medíocre pensar que a vida seja simplesmente o nascer, viver, e morrer; porque se assim fosse, a vida seria um projeto muito cruel e sombrio; além de um inexplicável despropósito”. Naturalmente que não estou acusando a mediocridade de quem pensa assim. Estaria identificando a mediocridade da vida. E eu não acredito que Deus, tão onisciente existência, possa ter projetado algo tão insípido.
Considerando que a morte do corpo do homem fosse o irremediável fim, então eu me perguntaria: O que fazer com tudo o que aprendi na vida? Aprendi prá que, se o conhecimento não me servirá para mais nada? Será que as experiências acumuladas perdem a validade?  E os esforços empenhados; serão motivos de aplausos e contentamento?
E ainda perguntaria: A folha caída, o lixo, as fezes do cachorro, ou minha alma haverão de se equivaler?____ Não sei o que “pensam” a folha, o lixo ou as fezes do cachorro; mas quanto a minha alma, eu não penso que seja assim!
Se a vida se limitasse mesmo a um tempo compreendido por começo, meio e fim; sem nenhum proveito acumulado, penso que o aborto é que seria uma glória; a vida com todas as suas atribulações seria um castigo. ____ Nesse caso eu preferiria ser as fezes do cachorro!
Mas, suponhamos que a vida fosse mesmo um castigo: Se não houve uma vida anterior ao nascimento (considerando que não há uma vida posterior também); certamente não houve nenhum pecado, nenhuma infração para ser punida ou resgatada. Só nos restaria considerar então, que o nascimento não se trataria de um castigo de quem nasce. Talvez um castigo para os pais, cujo pecado foi se amarem, se unirem e sonharem com o nascimento de uma criança. ___ “que infração abominável”!
Ainda assim, mais uma vez considerando que a vida fosse mesmo um castigo (um palco de martírios), estaria provado pela própria punição a existência de outras vidas passadas para que pudéssemos resgatar, nesta, os nossos pecados anteriores.
___ Não! A vida não tem um fim! É eterna e bela! Posso sentir isto porque estou ligado à energia universal e eterna que é Deus! E não se pode sentir o que não existe!
Se alguém pensar que isto seja apenas fruto dos meus delírios ou ilusões, isto provará apenas que estamos muito distantes espiritualmente; e nada posso fazer por esse alguém. Um dia, rogo, irá despertar.
                                                                                                                          
 A vida é um eterno “plantar”, segundo a nossa vontade; e um eterno colher segundo as leis divinas.
Morto para a vida eterna é aquele que não reconhece a eternidade da vida. Vive simplesmente no cômodo conceito de "sorte ou azar”; ou na mediocridade do “tem que ser agora porque a vida é curta”. ___ Agora sim, estou acusando a possível mediocridade de pessoas!
Certa vez assistindo a uma conferencia cujo tema era sobre prosperidade; conferencia esta que atraiu muitos empre$ários, principalmente; o palestrante disse: “Se você pensa que você é este corpo que carrega, tudo fará para dar o máximo de conforto e prazer para ele.” Penso ser esta uma afirmação incontestável. Eu fiquei mergulhado refletindo mais um pouco a respeito disto, e concluí como num despertar, que: É nesta crença que moram os poderosos vírus das vaidades, dos vícios, da luxúria, da gula, e outros mais.
Somente para exemplificar isto, analisemos o item gula: A maioria das pessoas que engordam; engordam porque “enxergam” a comida essencialmente como uma fonte de prazer. Há muita diferença entre ver a comida como uma oportunidade de gozo, ou vê-la simplesmente como substancia alimentar; que é a verdadeira e objetiva razão do existir da comida. O paladar é sim uma benção de Deus que estimula o ato da alimentação com prazer. Mesmo porque, se fosse doloroso se alimentar já estaríamos extintos por inanição. Porém, devemos reverenciar o alimento, e não o prazer.
São estes conceitos errôneos, que encobrem os verdadeiros e nobres valores da vida. As coisas da matéria é uma ilusão; e as fantasias e os prazeres podem nos cegar.
A Vida não tem um irremediável fim. Na verdade tudo o que tem começo, tem fim. A Vida não tem principio nem fim.
Disseram alguns iluminados como Jesus e Buda: “Seja-te conforme credes!” “Tudo é projeção de sua mente!” Assim sendo, se você não crê que a Vida prossegue, já estais morto para a vida eterna. E eu nem vou poder-te “provar” mais nada.
Quando alguém diz não crê em vida após a morte (do corpo), é porque essa pessoa está pensando num ambiente igual ou semelhante ao que vivemos aqui neste mundo, nesta dimensão terrena. Mas de fato não é assim. Este tipo de vida, após a morte do corpo, não existira mais. Falta espiritualidade nessa pessoa para entender (ou considerar) que a vida no mundo espiritual é totalmente expandida. Ainda que se mantenham a individualidade, a existência segue padrões inimagináveis.
Quando foi dito: “Do pó vieste, ao pó voltaras”, essa referencia esta apontando o corpo físico. Pó é matéria física elementar; são as células, as moléculas, os átomos. Enfim, o espirito não nasce do pó; ele se manifesta e assume esta “composição de pó” que é o corpo físico. O espirito nunca nasce; ele, por ser espirito (imaterial) tem a possibilidade de tomar infinitas “formas”.
Pode parecer que este texto tenha o objetivo de convencer às pessoas que se dizem descrentes na “vida após a morte” a mudarem ou reverem seus conceitos. Mas não se trata disto. Este texto vem para nutrir e fortalecer o conceito das pessoas sensíveis e humildes que creem na eterna dinâmica da Vida. Este texto transborda de minha mente porque sou de fé nessa dinâmica.
É uma lástima pensar nos pesadelos e agonia que os descrentes terão quando deixarem o corpo que pensaram a vida todo ser o seu “eu”.
Aqui no plano terreno todos os dias despertamos ao amanhecer em razão dos compromissos que temos “a seguir”. Despertamos ativos (mesmo que desanimados as vezes) para cumprir as tarefas do dia; as tarefas, atividades e necessidades que a vida impõe. Se não houver nenhum compromisso posterior, por menor que seja, penso que a mente tende a permanecer inerte. Entretanto, mesmo que o individuo não acredite que está “vivo” (ou que tenha alguma espécie de vida após a morte) o “apelo” da vida é dinâmico, não é inerte. A tendência da vida é ação. E é baseado nisso que poderá haver o conflito o qual acima denominei de pesadelo ou agonia. Esse conflito se caracteriza pela contenda entre: “preciso despertar” X “eu morri, eu não existo”.
Por tudo isto é que foi dito: “Antes de Abraão ser eu sou”!
Cabe a cada um o despertar, ao ponto de poder dizer isto também.
Paz Eterna para todos!

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...