Silvio Marques
Numa
interessante matéria sobre a ciência robótica que assisti num dos canais de Tv a
cabo, discorria sobre a mesma um cientista/apresentador. Dizia ele de sua
certeza quanto ao futuro domínio das máquinas sobre os humanos.
Também
no mesmo veículo, volta e meia um famoso físico brasileiro tem feito tais
suposições; porém com fortes tons de afirmações.
Eles
visualizam que num futuro não muito distante teremos não somente maquinas
humanizadas ou humanos mecanizados como já temos hoje, mas, pior que isto: os
homens poderão viver sob o domínio das máquinas; escravos das máquinas.
Mesmo
levando-se em consideração que o objetivo destas matérias cientificas sejam a
de conjecturar tendências, as “previsões” desses cientistas, embora pareça um
paradoxo, são muito pessimistas quanto à inteligência do homem. Será que a
genialidade do homem o levará a uma mórbida imbecialização?
Bem!
Trazendo esta questão para o plano espiritual ___ que para entendimento e
leitura não se exige diplomas ou mesmo categorias culturais ___ pensamos que se
isto que eles estão “supondo” viesse mesmo acontecer, as almas dos humanos, o
ser espiritual que dirige o ser humano e nele se expressa, não mais estariam
aqui neste plano terreno. Não estariam, por que: se é para viver como “maquina”
não haveria proveito ou desenvolvimento espiritual algum. Ser máquina, calçada
ou poste seria a mesma coisa. O máximo que poderia acontecer a nível espiritual
seria a atuação de seres espirituais de baixíssimo nível. E que pela falta de
algum aproveitamento evolutivo se eternizariam nessa “condição”.
Não,
Doutor! Talvez alguma espécie de individuo possa mesmo se sujeitar a esse nível
de vivencia. Infelizmente para eles muitos acomodados provavelmente se
sentiriam até melhor atuando um “personagem” assim. Afinal, máquinas, postes ou
caixotes não precisam ter responsabilidades por nada.
Mesmo
ainda não sendo escravos das máquinas, bem sabemos que já vivemos em meio a
muitos humanos com “almas de postes e caixotes”. Estes seriam facilmente
escravizados por qualquer coisa; assim como também aqueles que se acham simples
e totalmente resultados químicos. Não que esses últimos não queiram ou não
aceitem responsabilidades. Mas sim, porque em suas mentes não existe a
possibilidade de vida eterna ou vida evolutiva. Na morte do corpo, pensam eles,
tudo se acaba.
O
ser pensante e atuante que há em mim (Que sou o eu!) não é simplesmente
resultado das misturas químicas propiciados em razão da relação de papai e
mamãe. Não somos produtos de “misturas” químicas. Nosso corpo, sim, este é
resultado químico, é a materialização do prazer que meus genitores tiveram. Entretanto,
se para cada máquina fabricada é disponibilizado um registro... espiritualmente
para cada corpo humano gerado “é disponibilizado” um espirito. Eis aí a tão mal
compreendida imaculada concepção. O espírito não é uma “concepção” resultante
de relações carnais ou misturas químicas. Espirito é ideia; espirito não é
matéria. Por isso mesmo não pode ser concebido por partículas materiais.
Um
espírito simplesmente assume um corpo que foi “fabricado” pela relação de um
par, ou mesmo “fabricado” por quaisquer outros meios. Podemos dizer que o
espírito é o Cavaleiro e o corpo a montaria. Mas, o Cavaleiro “cavalga” com
objetivos; tem metas, tem missões, ainda que possam ser até inconscientes. O
homem no seu todo (corpo e espirito) não é como lixo nas correntes marítimas:
sobe e desce puramente pela ação das ondas até se desintegrarem. Ele se conduz,
se dirige, se leva onde sua mente projeta. Somos resultados de nós mesmos.
Bem
sei que é incognoscível a questão “vida após a morte do corpo”. Mas não é
preciso explicar, nem entender; mesmo porque, é muito difícil. Só digo que é
possível sentir esta real possibilidade. Mas isto eu não tenho como lhe
“passar” ou lhe fazer entender.
Entretanto, estarei esperando por você! Pois um dia, quando
você “chegar aqui” lhe direi: Seja muito Bem Vindo ao Paraíso, Querido Irmão!