13/01/2012

Pontos de vistas e Conceitos

Silvio Marques

Se o universo fosse uma tela plana como num cinema, todos, indistinta e obviamente estaríamos ao mesmo tempo observando os mesmos aspectos da vida. Consequentemente teríamos quase as mesmas emoções, ponto de vista e expectativas. Também ficaria bem mais fácil expor as nossas observações; pois não encontraríamos opiniões muito divergentes. Bastaria apontar (na tela) este ou aquele detalhe em questão.
Entretanto o universo não tem o aspecto de uma tela plana. É sem forma, pois é infinito. Assim sendo, enquanto alguns estão com o olhar observando o norte; vivenciando o norte; outros tantos apreciam o sul; outros mais o leste, etc. Não dominamos o todo a todo instante. Enquanto estamos captando e vivenciando o que está ao nosso alcance; fora de nossas vistas as coisas estão igualmente acontecendo dinamicamente. Atrás, dos lados, em cima, em baixo, longe, perto; antes e depois de mim. Há vida em toda parte. Antes, durante, e depois de nossa presença nos locais; ou ainda, nesta existência. Assim também são os aspectos espirituais.
Os líderes religiosos de todo o mundo e todos os demais seres pensantes como nós (sem privilégio algum) baseados em suas dimensões, e extraindo conceitos de sua particular “tela plana”, condenam e amaldiçoam tudo aquilo que não está de acordo com seus entendimentos; que não está exposto na sua tela mental.
O nosso consagrado “líder” religioso: Jesus; sugeriu que observássemos os frutos de todas as ações (“... pelos frutos os conhecereis!). Entretanto, grande maioria desses religiosos insistem em querer julgar a árvore, a raiz, o solo, o adubo, e tudo o mais que possam, para identificar defeitos (segundo suas possibilidades) e assim sobressair-se para enaltecer o seu credo e a sua doutrina. Como se fosse a única.
Somente o fruto deve ser observado. Disse ele: ...“Não julgueis para que não sejais julgados... porque com a mesma medida com que medires serás medido”. Enquanto estamos julgando (e sentenciando) os defeitos alheios; menor ainda estamos sendo nós por essa arrogância, cegueira e falta de compreensão. A nossa intolerância em certos casos não nos permite enxergar o amor e a solidariedade produzidos pelas ações desse outro ao qual julgamos.
____Observai, cristãos de todo o mundo! Ele (Jesus) disse: ... “Eu sou O Caminho, A Verdade, A Vida...” Mas ele não disse que outros caminhos não fossem! A laranja “fala” por si! A abóbora “fala” por si! O feijão “fala” por si! Todos eles nutrem sem desmerecer os demais! E nem porisso perdem o seu divino valor nutritivo! Jesus falou por si. Ao despertar enalteceu a sua divindade. É este o encontro (o despertar) que todos devemos ter.
A propósito, fazendo um grosseiro parâmetro ilustrativo: digamos que particularmente eu tenha Jesus como um “prato apetitoso”! Se o acho um prato apetitoso, isso é naturalmente uma representação do meu gosto, do meu paladar e da minha cultura! É interior; é particular, é individual. Mas compreendo, também, que esse “prato apetitoso” não esteja para a grande maioria lá do oriente (por exemplo) na mesma proporção em que uma buchada de bode está uma para um nordestino!
____ Oxente! O “prato do dia” lá é Buda!
Abra a tua mente. Deixe circular a suave brisa do Amor. Seu “coração” ficará mais arejado, e somente assim poderás sentir o Céu.

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