Porque devo praticar o Bem

Silvio Marques

Praticar o Bem é extrair de si o Bem que se deseja oferecer. Para praticar o Bem só é possível se estivermos no Bem. Se nos propusermos oferecer alimento para alguém, é necessário que estejamos de posse da “panela” que contem o “alimento” que desejamos oferecer. Como posso oferecer o que não tenho?

Em primeiro lugar é preciso reconhecer a riqueza interior de Amor que todas as pessoas têm... Todas, sem exceção. E assim, oferecer generosamente como água que se tira de um poço. Quanto mais tiramos água de um poço, mais e mais a água brota abundantemente do manancial natural. É assim também com o “manancial” de Amor que existe em abundancia em todas as pessoas.

Quando pacientemente oferecemos compreensão, perdão, generosidade ao mundo, todo este fluxo de Amor corre através de nosso próprio ser. Esta energia de Amor é Verdadeira, existe verdadeiramente, pois é a própria e materializada presença de Deus fluindo através de cada um de nós quando praticamos o Bem.

 

O mundo ainda não compreendeu isto; por isso vive pedindo Paz como se a paz viesse de fora. Quem tem sede solicita a água que vem de fora... mas quem quer paz, oferece-a ao mundo, pois você é o manancial da paz. Paz não se adquire comprando na feira nem esperando que caia de um suposto supermercado divino. Voce é o “entreposto” do Amor de Deus. Ofereça Amor sempre... terá Paz eternamente.

Digo-vos que todo o Bem praticado tem vida, alcança e substancia infalivelmente a vida daquele a quem desejamos alcançar; porque O próprio Deus é o agente de ligação entre mim e o outro quando o sentimento é de amor. Por isto jamais pratiqueis o mal. O mal não tem um agente; o mal é de propriedade de quem o pratica. O mal que você deseja para alguém, por não ter um agente de ligação, explode dentro de você mesmo, se materializa em sua própria vida. Sempre.

Nunca, porem, tenha a vaidade de pensar que a tua palavra salvou ou salvara alguém. Nunca penses que o Bem que você praticou foi um ato produzido por você, arquitetado em sua mente. Toda a pratica de Amor é a própria vibração do Amor de Deus que esta em nós. Como diz Masaharu Taniguchi: “Somos apenas trombetas da palavra e das vibrações de Deus”. Trombeta porque ela é um instrumento que não interfere no som que foi nela introduzido. Ela é oca, humilde; apenas deixa passar o sopro de quem a toca. Assim, o som é puro e autentico. O teu Amor sempre foi e sempre será a ação do "sopro" de Deus através de você.

Quer ser Feliz? Quer ter Prosperidade? Quer Paz e abundancia na sua Vida? Então pratique o Bem! Pratique Deus! E não precisa ficar esperando pelos resultados! Afinal, isto não é uma transação comercial! Praticar o Bem é como respirar... Voce respira: vive; não respira: morre.

Deus seja Louvado!

Porque não Explodir de Amor?

                                                                                         Silvio Marques

                                             

             O homem descobriu a pólvora no Século I, na China, durante a Dinastia Han. A descoberta foi feita por acidente por alquimistas que procuravam pelo elixir da longa vida; e as primeiras referências à pólvora aparecem como avisos em textos de alquimia para não se misturarem certos materiais uns com os outros (apenas como alerta do perigo)... também conhecida desde o final do século 19 como pólvora negra, é uma substância que queima com rapidez, usada como propelente (para mover um objeto aplicando uma força) em armas de fogo e na realização de fogos de artifícios. A pólvora queima produzindo uma onda de deflagração subsônica, ao contrário dos altos explosivos que geram uma onda de detonação supersônica. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre) 

     Infelizmente a mentalidade materialista conduz o homem a fazer uso de grandes descobertas, cuja verdadeira fonte de sabedoria é Deus, para fins destrutivos, como a pólvora. O uso bem aplicado da pólvora pode promover benefícios à humanidade. Mas a sua principal utilização tem sido ao longo dos séculos como propelente de explosões maléficas, destruindo vidas humanas, animais e agressões à natureza.

          Todo homem, em qualquer situação, que se arma, não tem intenções pacificas. Ainda que seja com a intenção de se proteger, a suposição é de que outros poderão lhe atacar... “Olho por olho, dente por dente”. Isto, porem, é mentalidade natural de animais irracionais. Os animais só vivem e reagem através de instintos, por isto é natural que resolvam os seus conflitos (de alimentos e territórios) utilizando-se de suas garras. Que armas tem mais os animais para estabelecer a paz e a segurança nas suas relações com os demais?
    Eu (hoje com 67 anos) nunca possuí uma arma de qualquer espécie. Talvez seja por isto mesmo que nunca fui atacado. Afinal, nunca possuí arma alguma para “testa-la” e justificar a minha aquisição.
     O homem tem armas que os animais não tem. Tem raciocínio, sabedoria e amor instalados em si como extensão dos dons de Deus. Entretanto, a preguiça mental, o imediatismo, o orgulho e a vaidade não lhe sugerem mais do que o revide. ___ “O pau esta aqui... não me toque porque eu te quebro!” ___ O aviso está dado: Mantenha a distancia!

        Mas nós não nascemos neste mundo para vivermos à distancia uns dos outros. Tudo temos de fazer para promover a união. Podemos, com os nossos dotes naturais (de natureza, de origem) explodirmos as nossas ações substanciadas pelo amor e pela sabedoria latentes. Agindo sempre substanciados por estes sentimentos, deflagraremos instantaneamente ondas universais de união e fraternidade, que são ondas infinitamente superiores as ondas subsônica, supersônica ou hipersônica cujos propelentes são substancias materiais. Na explosão de Amor o propelente é O próprio Deus interior.
   Acionemos, portanto, o gatilho da generosidade! Saquemos sempre a arma da compreensão! Atiremos sempre e em todas as direções as “balas do perdão”! Atire; atire! Esta é a única arma da Paz! Esta é a única Arma verdadeiramente estabelecida em nós pelo Deus da Criação.

         Façamos uso deste arsenal natural Divino... E Viva a Paz!

O LIXO NAS CORRENTES MARITIMAS

Silvio Marques

            Nos mares da costa de meu estado, Espírito Santo, costumava pescar embarcado com um amigo; que no momento já navegou para um pouco mais longe; para o “outro lado da vida”. Durante a nossa navegação indo aos pontos de pesca, na ociosidade do tempo e o silencio, eu ficava observando e refletindo sobre tudo à minha volta. Para tudo o que olhamos, vemos e refletirmos, extraímos lições. Invariavelmente.

            Certo dia, ao lado da embarcação, na ausência de outras imagens que não fosse água, ondas, o sol, meu amigo e o barco, fui arrebatado por uma imagem diferente!  “O lixo nas correntes marítimas”! Navegavam juntos bem próximo de nosso barco, obedientes sob a imposição dos fluxos da corrente!  Tinha um quase de tudo naquele lixo: galhos de arvores, mergulhões do mangue, sacola plástica, pote de iogurte, e até cocô! Parecia uma saltitante procissão de condenados desiludidos! Fiquei preguiçosamente observando!

Até lembrei-me de que quando éramos livres adolescentes que nadávamos nas águas das marés do Bairro Santo Antonio, aqui em Vitória, minha terra; era comum dividirmos espaços com cocôs de humanos que boiavam em nossa direção. O primeiro que os avistava, gritava em advertência para os demais: “Olha o marinheiro”! E a gente desviava de um possível “encosto”.

            Mas, despertando desse devaneio a minha mente tomou os controles daquela preguiça, e repentinamente me tirou daquela inércia! Então, pensei um pouco mais atento:

De fato muitas pessoas caminham as suas vidas quase que totalmente entregues aos “impulsos do destino”, igualmente ao lixo nas correntes marítimas! Suas vidas são impulsionadas pelo pai, mãe, o chefe, o presidente, o irmão mais velho, o padre, o pastor! Parece que vivem irresponsavelmente ao tom do: “deixa a vida me levar”! Sem nenhuma ação ou determinação! Sem auspiciar escolhas ou promover opções! Derrotados ou desanimados, seguem aos impulsos dos acasos, do “talvez, quem sabe amanha”. E assim o tempo vai passando: seguem-se os dias, as semanas, meses, anos... e elas permanecem a esperar! Exatamente como as fezes nos mares, que sobem e descem sob o comando das correntes até desintegração total!

Não somos despojos humanos, não somos “os marinheiros” das correntes marítimas! Temos mente, forças, poder de decisão! Podemos, se quisermos, “nadar” em outras direções, promover outras possibilidades; virar a “pagina do livro da vida”, ou até, mais corajosamente, trocar o “próprio livro”. Cada dia é uma oportunidade para uma nova vida. Cada minuto pode ser o inicio de uma nova vida cheia de possibilidades. Só depende de você decidir que precisa ser assim, que vai ser assim. Atropele o passado; arranque-o da sua mente como uma cirurgia de câncer de pele. Lembre-se que antes da “cirurgia” ele existia, mas agora não existe mais. O segredo é praticar o Bem em todos os seus atos. Exercite isto em todos os momentos a partir deste minuto. Logo você se verá outro “eu”; e o de antes... este não existe mais; era falso, desapareceu.

O Mestre Jesus, disse: “A Verdade vos libertará”! Mas não se trata de verdade religiosa; trata-se de a Verdade de que você é Filho de Deus, que traz em si todos os dons de Deus por herança e extensão. Assim como os cerejas trazem todos os “dons” das Cerejeiras.

Os dons de Deus lhe obriga, por missão e naturalidade, a ser pessoa que somente pratica o bem. Este é nosso Natural. Ser Mal (desonesto, egocêntrico, canalha) não é uma sina, não está estabelecido no destino de ninguém. Muito menos é um dom. Ser mal é apenas uma opção sua. Voce pode mudar. Não precisa seguir a “corrente do mal” incessantemente como que dominado por ela até a morte.

Não somos Cocô.