10/02/2014

"DIA DO JUIZO FINAL"

Silvio Marques

Este artigo foi escrito por ocasião da leitura da matéria abaixo citada.

          De acordo com a matéria publicada na seção “internacional” – pagina 12 do jornal A Gazeta de 20 de maio do ano de 2003; um dia após completar 83 anos de idade, o papa João Paulo II disse aos peregrinos poloneses, seus compatriotas: “cada vez mais me dou conta de que é mais próximo o momento no qual terei que me apresentar diante de Deus!”
          Tanta bondade parecia haver naquele coração, que o sumo-sacerdote começava a preparar, não a si mesmo, mas aos seus admiradores e reverentes fiéis da igreja católica para não chocá-los tanto com o seu passamento.
          Embora o que sua santidade tenha dito seja uma espécie de prenuncio de “dia do juízo final”; com certeza tão iluminada alma bem sabia que não existe esse tal “dia” como um irremediável acontecimento pós-morte. Quem falece, quem finda é o corpo, e esse não é passivo de julgamento. O final dos tempos (a morte) só acontece para a matéria; só acontece para o corpo físico que em vida reflete a alma do seu “condutor”. Nele mesmo (no corpo e nas circunstancias do dia a dia, no destino que cada um vive) está refletido “o juízo” de cada ato de seu “dono”. Para cada ato, pensamento ou palavra do autor, equivale uma conseqüência; e estas se manifestam no seu corpo, no seu destino, ao seu redor, nos seus filhos, na sua terra, e em todo o universo.
Quando outrora foi dito que “o castigo vem a cavalo”, teve-se a intenção de dizer que o resultado das nossas ações (ou juízo final), vem rápido (a cavalo); e não lento como se viesse a pé. É bom lembrar que o cavalo era o “veículo” mais veloz da época desta citação. Porém, “o castigo” (o resultado; a consequência boa ou má das nossas ações boas ou más) não vem com uma velocidade regulamentar. Tanto pode vir instantaneamente quanto levar muitos anos. Sempre e invariavelmente dependerá de encontrar as condições propícias para a sua manifestação. Mas com certeza haverá de se manifestar ou ser extinto em cumprimento das leis e da misericórdia divina.
Não negligenciem as recomendações e livrem-se, portanto, da idéia materialista de que os seus pecados serão resgatados somente após a morte, ou que a própria morte seja o resgate.
Inconscientemente o ser humano tem por costume deixar tudo para resolver depois, mais tarde, logo mais (ou até depois da morte), “empurrando tudo com a barriga” como popularmente se diz. Direcionados por este conceito, a grande maioria tem no fundo da alma a esperança de que poderão se explicar depois ao Pai no tal “dia do juízo final”.  Pois lhes digo que suas ações bastam como advogados ou promotores dessas “causas”. Tudo na sua vida já foi “justificado” pelo seus atos. Não haverá “prestação de contas” nenhuma. Não serão palavras, justificativas, nem explicações ou outro recurso qualquer. Não se iludem.

A propósito desses equívocos humanos, vejamos esta questão: Existe um absurdo e ilusório ditado popular que diz: “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Mas a questão é: quem perdoa quem?  Ladrão roubar ladrão está de acordo com a lei mental que diz: você recebe aquilo que dá; você colhe aquilo que planta. Mas isto não significa que alguém possa ser perdoado pelo fato de lesar um ladrão. Ladrão que rouba ladrão ou rouba quem quer que seja, é um imoral fora da lei, e também terá de resgatar isso. Assassino que mata assassino não é um justiceiro, é um exterminador imoral; e o seu pecado é do mesmo tamanho do pecado do assassino. O “pecado” está no tirar a vida; seja de quem for. Se as ações de um exterminador de foras da lei fossem dignas e justas, o homem (o fora da lei) estaria sendo comparado a um eletrodoméstico qualquer... “deu defeito, joga fora” (extermina).
A sociedade de uma forma geral vive de plantão no seu tribunal particular a julgar as ações dos outros. E normalmente são implacáveis nas sentenças. Criticam políticos, vizinhos, parentes, amigos, sem nenhuma complacência. Entretanto, lesam sem o menor pudor ao condomínio em que residem; a companhia fornecedora de energia elétrica; a companhia fornecedora de água; de gás; a tv por assinatura; a previdência social; a companhia de seguros; ao papai; a vovó; aos fiéis da igreja; a honra dos irmãos; e até a natureza é displicentemente desrespeitada. Mas essas pessoas vão à missa ou aos cultos dominicais, e se benzem duas vezes ao dia (ao despertar e antes de adormecer), e também louvam ao “senhor”. Pensam que com isso estão sendo perdoadas.
O ato de furtar uma bala ou de roubar um navio contém a mesma impureza diante da moral. O ato de falar mal de uma pessoa (mesmo que seja verdade o que disse) equivale a roubar-lhe a honra. É por isto que as adversidades acontecem na vida dessas pessoas e elas pensam ou dizem “que não mereciam”. Tudo o que “vem” se manifestar em sua vida (positivo ou negativo) é uma “conquista” sua; representa o “juízo final” de algum ato anterior.
Por fim, devo alertar: “Muito se fala em Anjo da Guarda; não é verdade? Mas observe atentamente esta questão: O verdadeiro anjo que pode lhe “guardar”, e somente ele, são os seus atos bons. Seja, portanto, o anjo de si mesmo. Guarde sempre os bons pensamentos, pronuncie apenas boas palavras e pratique apenas bons atos”.

O Paraíso está em suas “mãos”.

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...