26/10/2012

Somente Jesus Cristo salva?


                                                                                         Silvio Marques

É perfeitamente compreensível os cristãos afirmarem que só Jesus Cristo salva; só Jesus Cristo é o salvador. Este é dogma de sua doutrina religiosa e deve ser incondicionalmente respeitado. O lamentável é que são poucos os seguidores de Cristo que têm um coração generoso (ou não preconceituoso) a ponto de considerar que nem todos pensam assim, ou se obrigam pensar assim também.  Somente pessoas menos atentas e (ou) menos sensíveis podem expressar frases como esta relativa à salvação, sem considerar que seja esta uma conceituação própria, individual. E em razão disto fica perceptível um sintoma de pouca espiritualidade nessas pessoas. Penso que pela fé que têm elas não precisam repensar seus conceitos; mas precisam observar com mais atenção as palavras que pronunciam, antes de pronunciá-las. “As substancias mentais” que essas palavras podem produzir no outro que as houve, nem sempre têm os efeitos imaginados.
A afirmação de que “Somente Jesus Cristo salva” tem sido ampla e orgulhosamente dita por maioria dos cristãos ao longo dos tempos, pensando esses estarem publicando uma Verdade Absoluta. Mas que não é. Mesmo que eles não consigam “enxergar” de outra forma (o que é muito natural), não devem ter a única expectativa de que o outro tenha que concordar.
Muitas vezes uma substancia alimentar muito nutritiva e até fundamental à saúde humana, pode promover danos à saúde de uma pessoa, dependendo das condições em que são oferecidas ou ingeridas. Precisamos sempre observar algumas condições antes de servir ou de consumirmos alguma porção alimentar. Analogamente, às palavras que proferimos devem estar sempre substanciadas com um pouco de critério e adequação quando as “oferecemos” aos ouvidos dos outros.
Esta frase sempre que é proclamada trás encantamento para aqueles que seguem a Jesus; mas em contrapartida pode produzir “toxinas mentais” nas almas de muita gente que não é cristã; e até de alguma forma ofendê-las. Isto faz do cristão que a pronuncia um presunçoso; um circunstancial agente da desarmonia, do desrespeito e da intolerância religiosa universal. Tudo isto é contrario a fraternidade anunciada nos evangelhos cristãos. Alguns até tem consciência disto; mas falam assim mesmo como se estivesse defendendo e laureando o “seu time”.
Dizer que somente a Bíblia seja “a palavra de Deus” é outra perigosa agressão e uma insana discriminação. A Verdade não é o “livro”. Milhões de livros trazem a Verdade. Só não enxerga a Verdade em outros livros que não sejam os seus, aqueles que não os lê ou que de fato não conhecem a Verdade. Os livros, todos eles, somente contêm letras e imagens impressas. A Verdade que os escritos anunciam já está “instalada” desde o principio na mente de quem a lê ou que a houve. Ou você a reconhece... Ou você não a conhece.
                                                                   
Dizem que Jesus não agradou a todos. Sim, isto é muito natural. Sakyamuni Buda, também não agrada a todos. Moisés, o profeta Maomé, outros tantos profetas, eu e você quando pronunciamos a verdade, também nem sempre agradamos ou somos entendidos. Mas isto não representa uma prova de incapacidade ou divindade de nenhum de nós. Trata-se de afinidade, de identidade; e no “terreno” religioso trata-se de nível espiritual dos que de alguma forma nos “assistiram”. A Verdade é a Verdade; não importa em que livro ou que boca seja anunciada.
Não sejamos tão “endurecidos” nas nossas doutrinas e conceitos. Quem absorveu de fato a essência de sua religião, qualquer delas, já despertou a alma generosa, essência divina no homem que é filho de Deus. Esse vive livre na leveza do amor e da Fraternidade que a Verdade proporciona.
Observem bem: A moqueca do baiano, do carioca, e a moqueca de outros estados, por vezes são bem diferentes da famosa moqueca capixaba. Uma pode ser mais apreciada do que a outra; mais bonita do que a outra; mais perfumada ou atraente do que a outra. Entretanto, o que de fato nutre o corpo do homem são as substancias que estão no peixe. E eles na essência são exatamente todos iguais; e estão em todas as “moquecas”.

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Quando as pessoas conseguirem transcender esta ideia absurda de que Deus é (ou foi) um “homem” que nasceu na terra de forma individualizada e única (como Buda ou Jesus); ao mesmo tempo em que estará expandindo o seu conceito a respeito de Deus; universalizando Deus; dissolvendo um único personagem espiritual num todo, infinito e eterno; elas enfim poderão sentir a individualidade Dele em cada um de si mesmo.
Essa dependência de algo (ou alguém) forte e poderoso que está do lado de fora de “mim”, que pode e precisa vir “me ajudar”, nada mais é do que a prova inequívoca do conceito de fraqueza que as pessoas fazem de si mesmo.
E eu fico a me perguntar: Como podem chamar de Pai Poderoso um pai que criou filhos tão fracos e dependentes? Não veem que o poder de um criador têm de estar substanciado na criatura que ele criou? Ora! Um edifício mal construído não pode ser legado de um notável e competente engenheiro! Se a obra por ele construída apresenta imperfeições, são elas mesmas que certificam a sua incompetência.
Tu te sente um majestoso e robusto palácio; ou um misero e sujo barraco? Se voce se sente um ser inferior, não é digno de Deus! Precisa despertar o Filho que já está em você “desde o principio”.
Derrube esse “barraco mental”, já! Não ficarás desamparado, sem “moradia” como lhe pode parecer! Esse barraco nada mais é que um sonho, um pesadelo, uma ilusão! Somente despertando desse sonho, “rasgando essa caixa, essa embalagem”, é que poderá aparecer a obra original de Deus em você!

Eu bem sei: Tu és Filho de Deus; é meu irmão! Forte, Competente e Amoroso, porque és Herdeiro de todos os dons de nosso Pai Criador!

Viva, pois, a Sua essência verdadeira.

15/10/2012

Deus é Verbo ou sujeito?


Deus é Verbo ou sujeito?
 Silvio Marques
Em análise sintática, o sujeito é um dos termos essenciais da oração, responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado.
Verbo é toda palavra que encerra ideia de ação ou estado. A palavra verbo vem do latim verbum, que significa palavra. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

A expressão criação expõe a ideia de uma ação. A expressão existência expõe a ideia de um estado de coisa. Conforme definição acima referente à expressão sujeito (aquele que realiza ou sofre uma ação) fica parecendo que para que haja a criação, e posteriormente a existência do que foi criado, imperiosamente tem de existir um sujeito: O sujeito que criou; o artífice da obra; o criador. Também a palavra verbo (palavra que encerra ideia de ação ou estado) parece impor as mesmas necessidades.
Entendo que gramaticalmente falando tem de ser assim. Conforme a mesma fonte (e também segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira - NGB)... ainda que haja vários tipos de sujeitos, ele pode ser classificado em: simples, composto, indeterminado, desinencial ou implícito e inexistente. Nesse último caso, temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.
Quando falamos da criação do mundo, da existência da Vida como um todo, e que elegemos Deus como sujeito da criação, se dedicarmos especial atenção poderemos observar que estamos apenas adequando a oração à gramática.
Deus É Verbo (palavra espiritual), mas não é sujeito. É por isto que a pergunta nunca deveria ser: Quem é Deus; mas sim: O que É Deus. Ele não criou (e nem cria) nada como sujeito. Deus É a criação espiritual de tudo. A Ideia do "existir” É Deus. E neste caso, quem cria e também o que foi criado não é um sujeito, É o Verbo espiritual.
Qualquer sujeito pode ter adjetivos; Deus, não. Algumas pessoas dizem adjetivos relativos “à pessoa” Deus, tais como: “Deus é amoroso; Deus é misericordioso”. Observe que estes adjetivos É o próprio Deus: Deus É Amor e Misericórdia. A frase “Deus é fiel”, por exemplo, (que tanto vemos afixados em automóveis por aí) deveria ser usada apenas como força de expressão. Se observarmos com mais atenção, se esmiuçarmos a questão, veremos que se trata de um pleonasmo. Que sentido tem em dizer que A Fidelidade é fiel; ou que O Amor é amoroso; ou que A Misericórdia é misericordiosa?
Este conceito, esta ideia de que Deus é um sujeito é que faz muita confusão na cabeça de muita gente. E foi esta “necessidade conceitual” que fez com que milhares de pessoas elegessem homens que nasceram aqui neste mundo, como supremo Deus. E, por outro lado, muitos outros se dizem descrente deles. Entretanto, se investigarmos com elas que deus é esse que elas dizem não acreditar, possivelmente veremos que o deus que elas não acreditam muitos de nós não acreditaríamos também.
Não há quem não acredite em Deus... Existem sim, muitas pessoas que não acreditam nesse ou naquele deus. Até mesmo o mais descrente dos cientistas acreditam em Deus. Ainda que digam que não, eles estudam as leis da física, trabalham as leis da física, adoram as leis da física; vasculham as ações do universo; mas, no entanto, se dizem descrentes em Deus. Naturalmente que eles estão se referindo a um deus sujeito, “um cara”, um “administrador”. Eles estudam, trabalham e amam a dinâmica do universo sem perceber que estão adorando Deus. E o que é melhor, são sempre pessoas muito sensíveis, honestas, trabalhadoras, produtivas, responsáveis e na maioria das vezes amorosas. Isto faz delas um belo exemplar de Filhos de Deus; não é?

Importantes informações

  Nota de agradecimento e importantes informações aos Leitores e                              seguidores deste Blog em todo o planeta. Ess...